FRIDA KAHLO & LA INVENCIÓN DE MOREL: ENLACE NA MORTE E IMORTALIDADE
La invención de Morel. Autorretratos. Adolfo Bioy Casares. Frida Kahlo. Narrativa fantástica.
A afinidade entre o texto literário e as imagens, postos em diálogo, durante a leitura da narrativa La invención de Morel, de Adolfo Bioy Casares, serve de eixo para a presença do insólito, da hesitação. As possibilidades desse efeito também recaem sobre os autorretratos fragmentados de Frida Kahlo que, por meio do espelho, aborda na pintura seus vários “eus”, suas dores física e emocional. Imerso nesses contextos, busca-se fazer um estudo comparado entre o romance La invención de Morel, publicado em 1940, e três autorretratos de Frida Kahlo, Memória (O coração), O sonho (A cama) e Árvore da esperança, mantenha-se firme, pintados em 1937, 1940 e 1946, respectivamente. Assim pretendemos verificar que efeitos o insólito e a heterotopia desencadeiam na dualidade da vida e na imortalidade. Pontuaremos questões sobre o narrador em primeira pessoa, na supracitada narrativa, e o espelho de si, na pintura dos autorretratos. Em relação à construção biográfica de Frida Kahlo, utilizamos as biografias escritas por Rauda Jamis (2015), Hayden Herrera (2011), Christina Burrus (2010), Jill Laidlaw (2004) e Andrea Kettenmann (2001). Por usa vez, embasamo-nos em pesquisadores(as) e teóricos(as) como: Roland Barthes (2005, 2011, 2017), Leonor Arfuch (2010), Georges Didi-Huberman (2010), Michel Foucault (2007, 2013), na construção dos percursos teóricos selecionados para a presente dissertação. Quanto ao fantástico e à sua relação com a realidade do leitor, utilizamos das teorias de Tzvetan Todorov (2017), Remo Ceserani (2006), David Roas (2014), entre outros.