Banca de DEFESA: GEORGE ALEXANDRE LIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GEORGE ALEXANDRE LIRA
DATA: 31/08/2015
HORA: 15:00
LOCAL: Centro de Biociências
TÍTULO:

ESTUDO DA CORRELAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICO-PATOLÓGICAS DO CÂNCER COLORRETAL COM A EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DE PROTEÍNAS DA PROGRESSÃO TUMORAL


PALAVRAS-CHAVES:

Câncer colorretal, Tissue Microarray, marcadores prognósticos, sobrevida, MMP-2, MMP-9, VEGF-alfa, E-caderina, Beta-catenina e Galectina-3.


PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

Excluindo-se os tumores de pele não-melanoma, o câncer colorretal é o segundo mais comum no sudeste do Brasil; o terceiro na região sul e na região Centro-Oeste. Já no norte do Brasil, é o quarto e, na região Nordeste, o quinto. Avaliar variáveis clinico-patológicos do câncer colorretal é de fundamental importância para se conhecer possíveis desfechos na sobrevida dos pacientes portadores e pontuar características na progressão tumoral como o perfil da invasão tumoral e angiogênese. O objetivo desse trabalho é estudar as características clínico-patológicas dos pacientes portadores do câncer colorretal (CCR) na Liga Norte Riograndense contra o câncer em Natal-RN/BR, analisando as variáveis clínicas e patológicas como parâmetros de prognóstico e determinando o nível de expressão de proteínas, tais sejam: E-caderina (E-cad), Beta-catenina (β-cat), Galectina-3 (Gal-3), Metaloproteinases de matriz (MMP) 2 e 9 e o Fator alfa de crescimento vásculo-endotelial (VEGF-α) nos tecidos tumorais.  Foi realizado um estudo retrospectivo dos casos de câncer colorretal da Liga Norte-Riograndense contra o Câncer no período de 1995 a 2005 em Natal-RN / Brasil. As variáveis clínico-patológicas, tais como: idade, sexo, etnia, hábitos de vida, história familiar, local do tumor primário, grau de diferenciação, estadiamento TNM, Dukes’ modificado, tratamento e sobrevida foram analisadas. Os dados clínico-patológicos foram coletados dos prontuários médicos através de um formulário específico e os dados foram armazenados em uma planilha do Excel. Um total de 534 pacientes foi selecionado do arquivo do setor da patologia dessa instituição, mas 176 pacientes foram excluídos. 358 pacientes foram incluídos para análise epidemiológica e suas correlações clínico-patológicas foram realizadas. 180 pacientes foram selecionados para estudos histológicos e imunohistoquímicos. Proteínas participantes da progressão tumoral E-caderina, Beta-catenina, Galectina-3, Metaloproteinases 2 e 9 e o Fator alfa de crescimento endotelial vascular foram analisadas. Os blocos de parafina dessas amostras foram tratados pela técnica de Tissue Microarray e suas lâminas submetidas a imunohistoquímica para avaliar a intensidade de marcação dessas proteínas nos tecidos tumorais. Os resultados dessa análise foram correlacionados às variáveis clínico-patológicas dos pacientes. Análise estatística pelo Teste de qui-quadro de Pearson e análise de sobrevida pela Curva de Kaplan-Meier foram utilizados. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos.  A média de idade da nossa amostra foi de 58,8 anos e 51,7% foram do sexo feminino. O consumo de álcool aumentou em 1,71 vezes o risco de morte pelo CCR (p=0,034). Já o tabaco aumentou 2,7 vezes a chance de desenvolver tumores de alto estágio TNM (p=0,001). Os pacientes com histórico familiar de câncer teve 3,833 vezes a chance de desenvolver o CCR (p=0,002). A expressão da MMP-2 mostrou uma associação significativa com os tumores de alto estágio TNM (p<0,046) e mortalidade (p=0,041). A expressão do α VEGF teve correlação estatisticamente significante com o alto estágio TNM (p<0,009), grau de indiferenciação celular (p<0,025) e mortalidade (p<0,035). As expressões da E-caderina e Beta-catetina mostraram associação do tumor com alto estágio TNM (p=0,0001) e Dukes’ modificado (p=0,05), lesão em reto (p=0,03 e p=0,007, respectivamente), tabaco (p=0,05) e indiferenciação (p=0,001). A expressão das Gal-3 apresentou relevância estatística com pacientes de alto estágio TNM (p=0,01), fumantes (p=0,01), etilista (p=0,03), indiferenciação (p=0,0001) e mortalidade (p=0,0001). Frente aos resultados, pode-se perceber que o estilo de vida e histórico familiar teve correlação no prognóstico do CCR, assim como a expressão de MMP-2, MMP-9, VEGF alfa, E-caderina, Beta–catenina e Galectina-3 foram importantes marcadores de prognóstico na progressão tumoral no câncer colorretal.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2374605 - AURIGENA ANTUNES DE ARAUJO
Externo à Instituição - JEYMESSON RAPHAEL CARDOSO VIEIRA - UFPE
Presidente - 2329140 - RAIMUNDO FERNANDES DE ARAUJO JUNIOR
Notícia cadastrada em: 31/08/2015 10:25
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