HERDABILIDADE DAS CAPACIDADES MOTORAS: UM ESTUDO COM PARES DE GÊMEOS
hereditariedade, gêmeos, capacidades motoras, genótipo e fenótipo.
Introdução: As capacidades motoras são fenótipos multifatoriais, sendo o resultado da interação entre ambiente e efeitos genéticos. Objetivo: objetivo deste estudo foi avaliar a contribuição genética e ambiental na variação das capacidades motoras em pares de gêmeos monozigotos (MZ) e dizigotos (DZ). Método: Participaram do estudo 88 gêmeos entre 8 e 36 anos, sendo 56 monozigotos (MZ) divididos em 28 mulheres e 28 homens e 32 dizigotos (DZ) divididos em 18 mulheres e 14 homens. As capacidade motoras medias foram: força potente de membros inferiores; força de membros superiores; velocidade, potencia aeróbica e flexibilidade do quadril. Ainda como dado discricionário a composição corporal através do somatório das dobras cutâneas, perimetria, massa corporal e estatura. Os dados foram avaliados em estatística não paramétrica, analisados com base na variância intrapar de gêmeos. Aplicou-se a equação da herdabilidade (h²) = ((S² DZ – S² MZ) / S² DZ) x 100, demonstrando o quanto cada variável possui de caráter genotípico e fenotípico. Foi calculado o intervalo de confiança (25% - 75%) a partir das medianas encontradas. Resultados: Para força potente de membros inferiores h² = 85% (77% - 97%) para mulheres e h²= 68% (53% - 75%) para homens. Para força isométrica de membros superiores no sexo feminino h² = 39% (35% - 46%) e no sexo masculino, h²= 73% (53% - 77%). Para a velocidade de deslocamento h²= 67% e 85%, para homens e mulheres, respectivamente. Observou-se que a herdabilidade da flexibilidade apresentou h² com 59% para ambos os sexos, assim como resistência aeróbica,onde h2= 77%, estatura com h²= 64% e somatório de cobras cutâneas com h²=97%. Conclusão: Ficou demonstrado que embora a faixa etária seja ampla, este fator não influenciou os resultados. E ainda que para determinadas capacidades motoras a hereditariedade apresentasse-se predominante sobre o fator ambiental.