EIXIMUNOMODULAÇÃO DO MICROAMBIENTE DO CÂNCER DE MAMA POR NANOPARTÍCULAS DE HA-PEI-PLGA-MTX COMBINADO AO ANTI-PD-L1 VIA SUPRESSÃO DO EIXO DE SINALIZAÇÃO IL-10/STAT3/NF-ΚB
Imunomodulação, Nanopartículas de PLGA, Anti-PD-L1, STAT3, NF-κB, Microambiente tumoral
A inflamação associada ao microambiente tumoral no câncer de mama está intimamente relacionada ao desenvolvimento e progressão do tumor. Nesse sentido, a compreensão dos mecanismos envolvidos, bem como, a busca por meios de combater tal processo inflamatório tem sido um desafio e amplamente investigado. Nesse estudo, uma nova abordagem imunoterapêutica que utiliza nanocarreadores de drogas (metotrexato - MTX) à base de PLGA, recoberto com polietilenoimina (Pei) e ácido hialurônico (HA), juntamente com o inibidor de checkpoint imunológico anti-PD-L1 é sugerida como forma de reduzir o desenvolvimento e a progressão do câncer de mama por meio da imunomodulação do seu microambiente tumoral. A partir do modelo alográfico de desenvolvimento de câncer de mama ortotópico, os tecidos tumorais foram avaliados por qRT-PCR e imunohistoquímica. Análises complementar de biocompatibilidade e internalização das nanopartículas, bem como a investigação do perfil de morte e migração celular e polarização de macrófagos foram avaliados in vitro. As nanopartículas de PeiPLGA-MTX peladas ou revestidas com HA, sozinhas ou combinadas com anti-PD-L1, promoveram a imunomodulação do microambiente tumoral e consequente alteração no curso tumorigênico com redução significativa do tumor primário e metástases. Além disso, os mesmos tratamentos foram capazes de reduzir consideravelmente a população de macrófagos M2, bem como promover a downregulação do eixo sinalizatório IL-10/STAT3/NF-κB no microambiente tumoral. A supressão desse eixo de sinalização, sobretudo em macrófagos M2, parece ter interrompido a comunicação entre as células imunológicas e malignas, reduzindo assim os eventos pró-tumorais críticos, como: escape imunológico; sobrevivência celular; resistência a drogas e apoptose, bem como alguns mecanismos-chave na transição epitelial mesenquimal. Tais resultados lançam luz sobre a compreensão dos mecanismos imunológicos que fundamentam a progressão tumoral e traz à tona um promissor nanocarreador de drogas capaz de modular satisfatoriamente o microambiente tumoral imunológico do câncer de mama.