Banca de DEFESA: ANA CAROLINA LOURENÇO DE ASSIS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CAROLINA LOURENÇO DE ASSIS
DATA : 29/04/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Video Conferência
TÍTULO:

OS OGROS TÊM CAMADAS (DIALÓGICAS): a corrosão carnavalesca dos elementos prototípicos dos contos de fadas tradicionais fílmicos em Shrek (2002)


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chaves: Contos de Fadas. Filmes de animação. Shrek. Carnavalização. Cronotopo.


PÁGINAS: 64
RESUMO:

Os contos de fadas sempre fizeram parte das tradições culturais de diversos povos. Por meio das contações orais, esses gêneros discursivos engendraram-se na formação de gerações, no que se refere aos costumes, às religiosidades e aos comportamentos. A partir de então, o irreal, o mágico e o irracional, categorias comuns nas representações arquetípicas dos contos de fadas, tornaram-se concepções recorrentes na criação de histórias, cujas fenomenologias proibidas, banidas ou rejeitadas pela sociedade passaram a ser consideradas possíveis no mundo maravilhoso. No âmbito da escrita, alguns nomes se destacaram produzindo ou coligindo coletâneas de contos de fadas para infantes, sendo eles, os irmãos os alemães Grimm (Branca de Neve e os sete anões); o francês Charles Perrault (A bela adormecida) e o dinamarquês Hans Christian Andersen (A Pequena Sereia). Já com o avanço tecnológico, esses mesmos contos ganharam novas versões por meio da imagem cinematográfica. A ascensão do cinema de animação, principalmente pelas indústrias Disney, contribuiu para que essas narrativas, que resistem há milênios, se firmassem com as características que possuem na atualidade. Contudo, no filme Shrek (2001), somos apresentados a um conto de fadas de animação às avessas dessas histórias de cunho oral e cinematográfico. A problemática gira em torno da corrosão dos textos orais e fílmicos que apresentam o enredo das histórias ditas “tradicionais”. No enredo, somos levados a acompanhar a aventura do ogro Shrek em busca da Princesa Fiona, pela qual ele se apaixona na estrada. É nesse caminho que são revelados os dilemas existenciais, as problemáticas identitárias, assim como as interferências cronotópicas da estrada nos sujeitos. Como corroboração para discussão desta problemática, utilizamos os preceitos basilares norteadores dos postulados do Círculo de Bakhtin, no que se refere aos gêneros discursivos (BAKHTIN, 2016) (voltados para os contos e os filmes); à cosmovisão carnavalesca e a filosofia do riso (BAKHTIN, 2010, 2018a) como princípios de subversão e de corrosão, a partir do filme Shrek (2001), da DreamWorks tradução brasileira, e ao conceito de cronotopo (BAKHTIN, 2018); além disso, a pesquisa está inserida na área mestiça, híbrida, INdisciplinar e radical da Linguística Aplicada (LA) e se fundamenta nas teorias filosóficas de Byung-Chul Han (2017a, 2017b, 2019, 2021), bem como no conceito de hipermodernidade de Lipovetsky (2004). No tocante à metodologia, a construção e obtenção dos dados, desenvolveu-se por uma perspectiva qualitativa-interpretativista e se utilizou do paradigma indiciário de Ginzburg (1986) e do cotejamento dialógico pensado inicialmente por Bakhtin (2017) e posteriormente elaborado por Manfrim (2017) e Sobral (2017). Acreditamos que nosso corpus apresenta uma concepção do herói, da princesa e do corpo grotesco cuja desconstrução das imagens idealizadas dos contos infantis apresentam, no heterodiscurso do filme, representações que diferem daqueles presentes nos contos de fadas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JULIO CESAR MACHADO - UEMG
Presidente - 1149420 - MARIA DA PENHA CASADO ALVES
Externa ao Programa - 1168633 - MARILIA VARELLA BEZERRA DE FARIA - null
Notícia cadastrada em: 18/04/2023 14:30
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