SOBRE-VIVÊNCIA(S): TRAJETÓRIAS DE (RE)CONHECIMENTO(S) NA ESCRITA DIASPÓRICA DE CHIMAMANDA ADICHIE, JULIA ALVAREZ E CONCEIÇÃO EVARISTO
Diáspora. Mulheres de Cor. Escrita.
Esta tese investiga a maneira como a escritora nigeriana Chimamanda Adichie (1977 – ), a dominicana-estadunidense Julia Alvarez (1950 – ), e a afro-brasileira Conceição Evaristo (1946 – ) tratam dos deslocamentos culturais, políticos, sociais e econômicos vivenciados por suas personagens femininas para compreender a maneira que suas identidades se configuram após serem submetidas, de forma voluntária ou não, a deslocamentos geográficos que, por consequência, fomentam seus conhecimentos e reconhecimentos enquanto mulheres no mundo contemporâneo. Outrossim, a realização deste trabalho fornece um estudo comparativo entre o fazer literário destas escritoras com o objetivo de examinar como as mulheres retratadas em seus romances, assim como as próprias autoras, lidam com sua condição diaspórica e refletem em suas narrativas conceitos a ela entrelaçados, tais como questões de gênero, de identificação, assim como questões étnico-raciais. Dentre os autores estudados, citamos os trabalhos de Audre Lorde (1979), Avtar Brah (1996), Chérrie Moraga (1983), Stuart Hall (2003), Glória Anzaldúa (1983), Jurema Werneck (2000), Patricia Collins (2003), Paul Gilroy (1993), Salman Rushdie (1990), Sueli Carneiro (2011) e outras contribuições que foram imprescindíveis para a realização desta pesquisa até o presente momento.