PROGRAMAS DE EXERCÍCIO FÍSICO E NÍVEIS DE BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS EM MULHERES COM E SEM DISTÚRBIOS METABÓLICOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
ATIVIDADE FÍSICA, BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS, FATORES DE RISCO, DISTÚRBIOS METABÓLICOS.
Uma grande quantidade de informações dá suporte à relação existente entre inatividade física e processos inflamatórios latentes em distúrbios metabólicos. O objetivo deste trabalho foi acessar criticamente o corpo de evidências existentes na literatura sobre a associação entre programas de exercícios físicos e os níveis de biomarcadores inflamatórios em mulheres entre 18 e 82 anos de idade. Foram realizadas buscas bibliográficas sistemáticas usando as bases de dados PubMed Medline, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Web of Science, LILACS e SciELO de publicações entre janeiro de 1993 e janeiro de 2012 usando os seguintes termos: inflamação (inflammation), citocinas (cytokine), exercícios (exercise), treinamento físico (physical training), treinamento aeróbico (aerobic training), treinamento cardiovascular (cardiovascular training), treinamento de força (strength training), treinamento contra resistência (resistance training), treinamento intervalado (interval training), reabilitação cardíaca (cardiac rehabilitation) e gerenciamento/modificação terapêutica de estilo de vida (therapeutic lifestyle modification/management). Do total de estudos incluídos na revisão, três deles reportaram mudanças não significativas nos níveis de biomarcadores inflamatórios, um estudo documentou um aumento nos biomarcadores e 12 estudos reportaram decréscimos nos níveis de biomarcadores inflamatórios associados com exercício. Características secundárias do estilo de vida das mulheres, como trabalho físico extenuante e fumo, foram correlacionadas com os níveis de biomarcadores inflamatórios. Intervenções integrativas incluindo dieta, exercício aeróbico moderado (60% a 80% da frequência cardíaca máxima ou 50% a 60% do VO2max), treinamento contra resistência em circuito (8 a 10 exercícios, 8 a 12 repetições), aconselhamento e educação voltados para a saúde, usados conjuntamente, se apresentaram como possíveis estratégias efetivas na melhoria nos níveis de biomarcadores inflamatórios.