FATORES GENÉTICOS E ÉTNICOS RELACIONADOS À EVOLUÇÃO DA INFECÇÃO POR Leishmania infantum chagasi
Leishmania, Leishmaniose visceral, etnia, varredura de genoma, análise de associação
A população brasileira é composta por três etnias principais: ameríndios, africanos e europeus. A contribuição de cada um destes grupos varia de acordo com a região. No Brasil há areas endêmicas para doenças causadas por parasitos intracelulares. Existem diversos estudos tentando correlacionar a origem étnica de indivíduos com desfecho de infecções. Em um destes estudos foi feita uma varredura de genoma que indicou regiões nos cromossomos 9, 15 e 19 em ligação genética com fenótipos de resistência e susceptibilidade. No presente estudo nós determinamos as proporções de ancestralidade paterna em populações de areas endêmicas e tentamos correlacionar origem étnica com fenótipos relacionados à infecção por Leishmania infantum chagasi. Cerca de 75% da contribuição paterna é européia, cerca de 20% Africana e o restante ameríndia. Usamos esses dados para realizar um estudo de associação com alguns dos marcadores usados na análise de varredura de genoma realizada com a população de Natal. Houve uma associação com um marcador no cromossomo 9. Desta maneira, podemos afirmar que há evidências de que a origem étnica influencia na resistência à infecção por L. i. chagasi.