FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA E CORRELAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL COM TRIGLICÉRIDES EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO
Obesidade, sobrepeso, criança, fatores de risco, síndrome metabólica X
Objetivos: Correlacionar fatores de risco, antropométricos e laboratoriais, para síndrome metabólica em crianças e adolescentes com excesso de peso. Desenho do estudo: Estudo transversal, em amostra aleatória. A classificação de SM foi realizada de acordo com IDF (Federação internacional de diabetes). Localização: Hospital de pediatria. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, nordeste do Brasil. Pacientes: 60 sujeitos de 7 a 15 anos com excesso de peso Principais procedimentos realizados: Foram determinados a circunferência abdominal (CA), razão cintura quadril (RCQ), prega subescapular (PSE) e índice de massa corpórea (IMC) e feitas análises de colesterol total, LDL, HDL, TGL, TOTG (teste oral de tolerância à glicose). Utilizou-se o teste U de Mann–Whitney para a análise dos fatores de risco e a regressão linear simples para análise das relações entre variáveis laboratoriais e antropométricas. Resultados: Foram significantes as correlações: da CA com TGL (P<0,001), HOMA IR(P=0,002), I/G(P=0,002), PAS(P=0,001), PAD(P=0,011); da RCQ com LDL(P<0,001), TGL(P<0,001), glicemia(P=0,016), HOMA IR(P=0,002), I/G(P=0,003); do PSE com TGL(P=0,03), HOMA-IR(p=0,05), I/G(P=0,001), PAS(P=0,009) e do IMC com HOMA IR(P=0,002), I/G(P=0,002), PAS(P<0,001) E PAD(P<0,001). Seis indivíduos (10%) preencheram critérios de SM, sendo a CA P>90 (58,3%) o fator de risco mais encontrado. Conclusões: As evidências de correlação CA P>90, com marcadores como TGL, chamam atenção para a sua utilização ser realizada de forma mais rotineira na pediatria. A identificação precoce de indivíduos com SM ajudam a definir estratégias para prevenir a evolução para DM2 e DCV.