INFECÇÃO HOSPITALAR ASSOCIADO AO USO DE CATETER VASCULAR E A QUEBRA DE PROTOCOLOS PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA UTI DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM NATAL/RN
Controle de infecção, cateter venoso central, quebra de protocolo, inserção e manutenção de cateter vascular.
Trata-se de uma pesquisa descritiva com delineamento transversal e abordagens quantitativas, que objetivou analisar a associação entre o índice de infecção hospitalar por inserção, manutenção de cateter vascular (cateter venoso central) e a quebra de protocolos (normas e rotinas) pelos profissionais de saúde que assistem pacientes na UTI de um hospital universitário em Natal/RN. O processo de coleta de dados ocorreu por meio de observação com formulário estruturado, consulta ao prontuário e aplicação de questionários estruturados com os profissionais de saúde. Os resultados foram organizados, tabulados, categorizados e analisados no programa SPSS 14.0. A caracterização dos sujeitos foi realizada por meio de estatística descritiva e inferencial, levando-se em conta à natureza das variáveis estudadas, com análise de variância (ANOVA) e de teste Correlação Spearman, em que foi apresentada uma discussão das informações obtidas, considerando-se a média, desvio padrão, coeficiente de variância e erro-padrão. As variáveis que apresentaram maior nível de correlação foram tratadas com a aplicação de testes de significância. Quanto aos resultados, 71% dos participantes era do sexo feminino e 29% masculino, a idade variou de 18 a 85 anos (52,6 ± 22,5). Na inserção, observou-se uma variação de 0 a 5 erros (1,2 ± 1,4), durante a manutenção, a média foi de 2,3 ± 0,9 erros, variando de 0 a 4. Durante o processo de inserção e manutenção de CVC, naqueles pacientes que apresentaram infecção houve uma variação de 2 a 9 erros (4,2 ± 1,7), já nos que não apresentaram, a variação foi de 0 a 5 erros (2,8 ± 1,5). A correlação de Spearman entre o risco de infecção em todo processo e o risco de infecção na inserção mostrou-se forte e significante (r =0,845 p= 0,000) e em relação ao risco de infecção na manutenção foi moderada e significante (r= 0,551 p=0,001). Os erros cometidos pelos profissionais nos procedimentos de inserção e manutenção do catéter, associados a outras condições, mostraram-se como um fator de risco para o desenvolvimento de IH.