Composição corporal derivada de TC como preditor de mortalidade em mulheres jovens recém diagnosticadas com câncer de mama
Composição corporal; massa muscular; prognóstico; câncer de mama
Introdução
A tomografia computadorizada (TC) auxilia de forma oportunista no diagnóstico de baixa massa muscular, forte preditor de mau prognóstico no câncer, principalmente em pacientes com câncer de mama metastático ou não metastático. No entanto, há evidências limitadas para antecipar desvios precoces na composição corporal, particularmente no que diz respeito aos parâmetros musculares em mulheres jovens com este diagnóstico.
Objetivo
Investigar a relação entre a composição corporal derivada da TC e as taxas de mortalidade entre mulheres jovens recentemente diagnosticadas com câncer de mama. Nosso objetivo secundário é identificar os melhores valores de corte associados a esse desfecho.
Métodos
Este é um estudo de coorte retrospectivo envolvendo mulheres recém-diagnosticadas com câncer de mama ductal invasivo, com idade entre 20 e 40 anos. A composição corporal foi avaliada por meio de tomografia computadorizada ao nível da terceira vértebra lombar. O desfecho de interesse foi a incidência de mortalidade. O log-rank derivado de Cox, selecionado ao máximo, foi empregado para avaliar os pontos de corte associados à mortalidade.
Resultados
Este estudo incluiu 192 mulheres, todas antes de qualquer forma de tratamento, com idade mediana de 35 anos (intervalo interquartil: 31 - 37). Os pacientes foram acompanhados por até 6 anos, durante os quais a incidência de mortalidade foi de 12%. Os pacientes que morreram apresentaram massa muscular esquelética (SM) e índice de massa muscular esquelética (SMI) significativamente mais baixos. Pacientes com baixa massa muscular (SM <94,2 cm2 e SMI <34 cm2/m2) apresentaram maior risco de mortalidade (HR ajustado: 5,4, IC 95% 2,2 a 15,3, HR ajustado: 2,8, IC 95% 1,1 a 7,5, respectivamente).
Conclusão
Nosso estudo destaca o significado preditivo da baixa massa muscular, bem como dos respectivos valores de corte (SM e SMI) derivados de tomografias computadorizadas, que estão associados à mortalidade em uma coorte de mulheres jovens recentemente diagnosticadas com câncer de mama.