MODIFICAÇÃO DE SUPERFÍCIES DE TITÂNIO POR PEO PARA APLICAÇÃO EM IMPLANTES DENTÁRIOS
Implantes dentários; sistema de liberação de fármacos; PEO; adesão celular; titânio poroso
No presente trabalho, pulsos de corrente elétrica com duração entre 50 µs e 100 µs foram utilizados para interromper as microdescargas e, assim, controlar o processo de oxidação por plasma eletrolítico pulsado (PPEO). O efeito da duração do pulso e do tempo de tratamento foram investigados a fim de atender aos requisitos de uma superfície hipotética contendo arcabouços para liberação de fármacos em implantes de titânio. Verificou-se que superfícies tratadas com duração de pulso de 50 µs apresentaram poros mais uniformes e diâmetros médios menores. No entanto, todas as amostras tratadas com PPEO apresentaram valores satisfatórios para boa adesão das células osteoblásticas e volume adequado para liberação do fármaco. Embora todas as superfícies tivessem caráter hidrofílico, as amostras tratadas com maior tempo de tratamento e menor duração de pulso apresentaram maior componente polar. Com relação à adesão celular, observou-se que nas amostras tratadas, as células apresentaram características anatômicas mais compatíveis com a osseointegração. Desta forma, mostramos que o PPEO é uma técnica promissora na fabricação de superfícies para implantes dentários de titânio.