EXPECTATIVA DE VIDA SAUDÁVEL E SUAS TENDÊNCIAS NA POPULAÇÃO IDOSA BRASILEIRA DE 1998 A 2019
Contexto: O Brasil é o 50 país com maior Expectativa de vida aos 60 anos (EV60 ) da América do Sul e apenas o 70 com maior Expectativa de vida saudável aos 60 anos (EVS60 ), o que evidencia a necessidade de analisar a EVS e suas tendências na população idosa brasileira.
Métodos: Foi realizada a análise de uma série histórica da EV60 da população brasileira, utilizando os dados relativos à Incapacidade funcional, autopercepção de saúde e multimorbidades da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) nos anos de 1998, 2003 e 2008 e da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 e 2019, ambas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Para tanto as EVS, livre de incapacidades (EVLI), livre de multimorbidades (EVLM) e com autopercepção da saúde boa (EVSB) foram calculadas pelo método Sullivan.
Resultados: Os idosos brasileiros apresentaram um aumento na EVS (2,55%), EVLI (3,06%), EVLM (3,04%), EVSB (3,20%). As Mulheres têm uma maior expectativa de vida durante todo o período analisado, porém apresentam uma menor EVS, EVLI, EVLM e EVSB quando comparada aos homens, o que pôde ser verificado em todas as regiões brasileiras.
Interpretação: As mulheres apresentaram uma compressão relativa com aumento de 3,7% (3,4-3,9) na proporção de anos saudáveis e aumento no quantitativo de anos insalubres (0,74 anos [0,76-0,77]). Em ambos os sexos, as regiões Sudeste e Norte apresentaram, respectivamente, o maior e menor aumento na EVS. Os homens apresentaram uma compressão absoluta de todas as dimensões de saúde analisadas, assim como as mulheres quanto a EVLI e EVSB, porém na EVLM apresentaram compressão relativa. Essas discrepâncias por gênero reforçam o paradigma saúde-sobrevivência de gênero, ratificando que os homens com maior longevidade sentem-se mais úteis e saudáveis.
Expectativa de vida, Multimorbidade, Autopercepção de saúde.
Contexto: O Brasil é o 50 país com maior Expectativa de vida aos 60 anos (EV60 ) da América do Sul e apenas o 70 com maior Expectativa de vida saudável aos 60 anos (EVS60 ), o que evidencia a necessidade de analisar a EVS e suas tendências na população idosa brasileira.
Métodos: Foi realizada a análise de uma série histórica da EV60 da população brasileira, utilizando os dados relativos à Incapacidade funcional, autopercepção de saúde e multimorbidades da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) nos anos de 1998, 2003 e 2008 e da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 e 2019, ambas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Para tanto as EVS, livre de incapacidades (EVLI), livre de multimorbidades (EVLM) e com autopercepção da saúde boa (EVSB) foram calculadas pelo método Sullivan.
Resultados: Os idosos brasileiros apresentaram um aumento na EVS (2,55%), EVLI (3,06%), EVLM (3,04%), EVSB (3,20%). As Mulheres têm uma maior expectativa de vida durante todo o período analisado, porém apresentam uma menor EVS, EVLI, EVLM e EVSB quando comparada aos homens, o que pôde ser verificado em todas as regiões brasileiras.
Interpretação: As mulheres apresentaram uma compressão relativa com aumento de 3,7% (3,4-3,9) na proporção de anos saudáveis e aumento no quantitativo de anos insalubres (0,74 anos [0,76-0,77]). Em ambos os sexos, as regiões Sudeste e Norte apresentaram, respectivamente, o maior e menor aumento na EVS. Os homens apresentaram uma compressão absoluta de todas as dimensões de saúde analisadas, assim como as mulheres quanto a EVLI e EVSB, porém na EVLM apresentaram compressão relativa. Essas discrepâncias por gênero reforçam o paradigma saúde-sobrevivência de gênero, ratificando que os homens com maior longevidade sentem-se mais úteis e saudáveis.