RADIOFREQUÊNCIA FRACIONADA MICROABLATIVA PARA DISFUNÇÃO SEXUAL E TROFISMO VAGINAL: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
Menopausa; Atrofia, Terapia por Radiofrequência; Laserterapia.
Objetivo: Avaliar o impacto vaginal da Radiofrequência Fracionada Microablativa (RFFMA) em mulheres na pós-menopausa.
Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado e controlado de mulheres na pós-menopausa diagnosticadas com atrofia urogenital. O tratamento consistiu em três sessões de RFFMA, comparado à administração de estrogênio vaginal e a um grupo controle não tratado. As avaliações ocorreram na linha de base e 30 dias após a última sessão. Os desfechos primários foram a função sexual, avaliada pelo Female Sexual Function Index (FSFI), e a saúde vaginal avaliada pelo Vaginal Health Index (VHI). Os desfechos secundários incluíram critérios de Nugent e Índice de Maturação Vaginal (VMI).
Resultados: Cento e vinte mulheres (40 em cada grupo) foram elegíveis para inclusão. Em relação ao FSFI, ambos os grupos, RFFMA [mediana 4,8 (3,6-6,0)] e estrogênio vaginal [média 4,7 ± 1,1], apresentaram melhora do desejo sexual quando comparados ao grupo controle [mediana 3,6 (2,4-4,8)]. Em relação ao escore total do VHI, observamos melhora na média dos grupos RFFMA (23,7 ± 2,0) e estrogênio vaginal (23,5 ± 1,9) quando comparado ao controle (14,8 ± 2,9). Houve diminuição da média do escore Nugent para os grupos RFFMA (0,00) e estrogênio vaginal (0,00). Por fim, para o VMI, houve diferenças significativas no escore médio de RFFMA (52,25) e estrogênio vaginal (53,00) quando comparado ao grupo controle (48,00). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos RFFMA e estrogênio vaginal em nenhuma das variáveis estudadas.
Conclusões: Apesar dos resultados promissores encontrados neste estudo sobre o uso da RFFMA no tratamento da atrofia vaginal, é importante ressaltar que faltam séries maiores e mais longas quanto à segurança a longo prazo.