AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE, ANTIBACTERIANO E ANTIBIOFILME DE POLISSACARÍDEOS SULFATADOS OBTIDOS DA ALGA VERDE Codium isthmocladum
Galactanas sulfatadas, purificação, adjuvância, Staphylococcus aureus resistente (MRSA), Escherechia coli.
A macroalga verde Codium isthmocladum é uma fonte rica em polissacarídeos sulfatados (PS) bioativos. Além de ser encontrada em abundância na costa do Rio Grande do Norte, os polissacarídeos sulfatados dessa alga já foram descritos quanto ao seu potencial anticoagulante e antinociceptivo em estudo anteriores. Referente a sua aplicabilidade, os PS dessa alga foram avaliados quanto a capacidade antioxidante em diversos sistemas in vitro, como também o potencial desses compostos como possíveis agentes antibacterianos e antibiofilme de bactérias normais e multirresistentes. Após coletada, a alga foi tratada com a finalidade se obter um isolado rico em polissacarídeos (extrato bruto). A partir de um posterior fracionamento desse extrato, foram obtidas cinco frações cetônicas (Ci 0.3, Ci 0.5, Ci 0.7, Ci 0.9 e Ci 1.2). Todas as frações possuem um baixo teor de proteínas e compostos fenólicos (< 1%). Ci 0.7 é a fração com maior rendimento e conteúdo de sulfato. Todos os polissacarídeos mostraram capacidade antioxidante, porém apenas Ci 0.7 e Ci 0.9 foram capazes de inibir o crescimento de Staphylococcus aureus resistente (MRSA) e Escherechia coli em adjuvância com diversos antibióticos, sobretudo com gentamicina e ampicilina. Ambas frações foram submetidas a cromatografia de troca iônica e tendem a gerar dois picos cromatográficos em molaridades diferentes, eluídos com 1.0 M e 2.0 M de NaCl, respectivamente para Ci 0.7, e 2.0 M e 3.0 M de NaCl para Ci 0.9. Com base nos dados obtidos das análises químicas e estruturais, é possível afirmar que tratam-se de galactanas sulfatadas. As galactanas oriundas de Ci-0.7-1M e Ci-0.9-3M apresentaram capacidade antibacteriana e antibiofilme, sobretudo em adjuvância com antibióticos, bem como diminui o padrão de expressão de várias proteínas. Logo, galactanas sulfatadas de C. isthmocladum são biomoléculas promissoras em possíveis tratamentos farmacológicos, sobretudo em como compostos antibacterianos.