Banca de DEFESA: CLÁUDIA JASSICA GONÇALVES MORENO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CLÁUDIA JASSICA GONÇALVES MORENO
DATA : 21/02/2020
HORA: 10:00
LOCAL: Anfiteatro das Aves
TÍTULO:

Metaloproteinases de Tripanosomatídeos: Avalição de potenciais inibidores como ferramenta para desenvolvimento de fármacos


PALAVRAS-CHAVES:

Tripanosomatídeos, gp63, VSGs, MMPs, Leishmania spp., T. cruzi, T. brucei, L1, DETC, Doxiciclina, 4- Terpeniol


PÁGINAS: 194
RESUMO:

A terapêutica antiparasitária para o tratamento e controle das doenças tropicais negligenciadas causadas por tripanosomatídeos é limitada devido a elevada toxicidade e baixa eficácia dos fármacos. Atualmente, não existe vacina disponível para o controle das doenças humanas causadas por tripanosomatídeos. Este estudo teve um caráter multidisciplinar e transversal cujo o objetivo principal foi a caracterização biológica e bioquímica de metaloprotease de tripanossomatídeos, com ênfase na pesquisa de potencias novos compostos com atividade inibitória sobre a proteína. Para isso, foram avaliados a atividade enzimática, identificação da metaloprotease e a capacidade hemolítica de diferentes extratos brutos dos tripanosomatídeos. Seguidamente, fez-se análises in silico e in vitro com os potencias novos inibidores da gp63. Através de ensaios de zimografia foi confirmado o perfil proteolítico das proteínas do extrato bruto de Leishmania spp. sobre o substrato gelatina e caseína. T. cruzi exibiu um padrão proteolítico condicente com o perfil descrito na literatura para a cruzipaína, a cisteína protease. Em colaboração com o Instituto de Química da UFRN foi desenvolvido um ensaio fluorescente dependente da coordenação com íon Zn2+. Os resultados evidenciaram a forte coordenação do composto L1 ao do Zn (II) presentes no extrato bruto de L. amazonensis. Além disso, os ensaios biológicos demostraram atividade hemolítica mediada pelo sistema complemento na presença do extrato de tripanosomatídeos. A pesquisa in silico demostrou a ancoragem molecular com energias favoráveis à interação entre os ligantes testados:L1> DETC>Doxiciclina>4TERP37. Ademais, resultado semelhante foi observado no cálculo, de balanço de energia final quântico. A validação in vitro dos compostos mostrou que L1 diminui significativamente, a viabilidade da forma promastigota de L. amazonensis (IC50 de 1,24 µM). O composto L1, não descrito na literatura, induziu a morte da forma promastigota pelo processo de necrose, análise estrutural revelou danos na membrana, pequenos orifícios na membrana, bem como o vazamento do conteúdo celular. Por outro lado, L1 apresentou alta índice de seletividade sobre as linhagens de células, 3T3 e RAW. Em conjunto, os resultados mostraram potencial efeito leishmaniocida do L1 contra L. amazonensis, agente etiológico da Leishmaniose difusa, a única forma clínica que não existe atualmente o tratamento. Paralelamente a este estudo, foi realizado a análise das proteínas variáveis de superfície (VSG) de Trypanosoma brucei onde verificou-se que as metaloproteases de matriz (MMPs) reconhecem moléculas de VSGs do parasita. Em conjunto, os resultados obtidos contribuem para o desenvolvimento futuro de nova abordagem terapêutica na doença causada por tripanosomatídeos. Contudo, estudos futuros, permitirão atestar os presentes resultados.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - GABRIELA SANTOS GOMES - NOVA
Externo à Instituição - CARLOS ALBERTO ROBELLO PORTO - IP
Externa à Instituição - ALINE RIMOLDI RIBEIRO - Bordeaux
Presidente - 2275890 - MARCELO DE SOUSA DA SILVA
Interno - 2213126 - VALTER FERREIRA DE ANDRADE NETO
Notícia cadastrada em: 27/01/2020 16:22
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