Banca de QUALIFICAÇÃO: YARA CAMPANELLI DE MORAIS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : YARA CAMPANELLI DE MORAIS
DATA : 16/08/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Catolé - Departamento de Bioquímica
TÍTULO:

Avaliação in vitro (citotoxicidade, genotoxicidade, e ação anti-inflamatoria) e in vivo (análises de toxicidade e de metalômica) do picolinato de cromo



PALAVRAS-CHAVES:

Cromo; cromo III; teste de micronúcleo; perda de peso; suplemento alimentar


PÁGINAS: 93
RESUMO:

O picolinato de cromo (PICCr) é um complexo formado por três resíduos do ácido picolínico (na forma de sal) ligados por coordenação a um átomo de cromo III. A ingesta de PICCr está associada a melhorar o humor, apetite, a regulação da glicose e do colesterol plasmático, perda de peso, o que leva a sua indicação como adjuvante no tratamento doenças como distúrbio de compulsão alimentar, depressões (TCAP) e transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM). Algumas das propriedades do PICCr são atrativas para desportistas e outro grupos de pessoas que buscam maior desempenho e/ou perda de peso. Os estudos sobre a toxicidade do PICCr não são abundantes, cerca um dezena, e mostram que o PICCr é um composto seguro. Todavia, tem sido observado que o uso de picolinato de cromo passou a ser indiscriminado e a quantidade consumida, as vezes chega a ser de 10 vezes aquela recomendada pela Organização Mundial de Saúde. O que é preocupante, já que não há dados referentes ao consumo de compostos em doses tão altas. Portanto, nesse trabalho quatro linhagens celulares: macrófagos murínicos (RAW-264), células de ovário de hamster chinês (CHO-K1), fibroblasto murínico (3T3), células humanas de adecarcinoma hepático (HepG2) foram expostas a altas concentrações de PICCr (5 a 20 µg/mL) e verificou-se que CHO, 3T3 e HepG2 tiveram a sua capacidade de reduzir o MTT (3-(4,5-dimetiltiazol-2-il) 2,5-difenil tetrazol) diminuída (de 50 até 80%). Já as células RAW não foram afetadas, inclusive a PICCr foi capaz de inibir o estímulo de liberação de oxido nítrico dessas quando elas foram expostas a lipossacarídeos de parede bacteriana (LPS). Além disso, células HepG2quando expostas ao PICCr (20 a 50 µg/mL) apresentaram números de micronúcleos significativamente semelhante as células que não foram expostas ao PICCr. Ratos foram expostos a altas doses de PICCr (1000 e 2000 mg/por grama de animal) por 15 dias. Após este período, verificou-se que os animais tratados tiveram significativamente menor ganho de peso e diminuição nos níveis de colesterol plasmático. Não apresentaram modificações macroscópicas nem histológicas nos tecidos hepático e renal. Verificou-se também que os animais tratados apresentaram diminuição de 50% dos níveis séricos de ferro plasmático. Todavia, análises de metaloma mostram que os níveis de ferro nos tecidos hepático e renal não foram afetados. Os dados aqui apresentados mostram que o PICCr apresentou citotoxidade dependente do tipo celular e que ele não apresenta genotoxidade. Além disso, não se identificou sinais de toxidade do PICCr quando administrado em altas doses em ratos, mostrando um certo nível de segurança do consumo elevado desse composto. Entretanto, estudos com humanos se fazem necessários para confirmarem estas observações. Identificou-se duas novas propriedades do PICCr ainda não descritas na literatura: atividade anti-inflamatória e capacidade de diminuir os níveis séricos de ferro. Estas descobertas podem impulsionar estudos futuros para se compreender melhor estes efeitos e agregar valor econômico e farmacológico ao PICCr.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2832746 - MONIQUE GABRIELA DAS CHAGAS FAUSTINO ALVES
Externo à Instituição - ALEXANDRE COELHO SERQUIZ - UNI-RN
Externa à Instituição - JOANNA DE ANGELIS DA COSTA BARROS - UNI-RN
Notícia cadastrada em: 15/08/2019 13:51
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