Banca de DEFESA: JÚLIA FIRME FREITAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JÚLIA FIRME FREITAS
DATA : 30/07/2019
HORA: 13:30
LOCAL: Sala SS1 - Departamento de Biologia Celular e Genética
TÍTULO:

Caracterização da microbiota de uma amostra de petróleo do pré-sal


PALAVRAS-CHAVES:

Consórcio. Metagenômica. Petróleo. Microrganismos. Biodegradação.


PÁGINAS: 115
RESUMO:

O petróleo é uma das principais fontes de energia do mundo. No Brasil, a descoberta e a extração dos reservatórios de petróleo do pré-sal impulsionaram a produção do óleo. Entretanto, a atividade gera recorrentes contaminações ambientais, causando problemas de âmbito mundial. Os microrganismos demonstram capacidade de degradar o óleo, e por isso o metabolismo microbiano pode fornecer oportunidade para biorremediar ambientes contaminados e auxiliar no gerenciamento dos reservatórios, contribuindo para a manutenção da qualidade ou na recuperação do petróleo. A identificação da microbiota do reservatório contribui para compreensão do metabolismo de degradação do óleo. Vale salientar que ainda não há análises da microbiota do pré-sal, descritas na literatura, por abordagens dependentes ou independentes de cultivo. O objetivo deste trabalho foi obter e caracterizar consórcios (indefinidos e definido) microbianos capazes de degradar petróleo. A partir de uma amostra de óleo do pré-sal foram obtidos três consórcios indefinidos e 26 isolados bacterianos. Para avaliar as potencialidades dos consórcios e dos isolados foram realizados os seguintes ensaios: i)habilidade de degradação, ii) produção de biossurfactantes, a partir dos ensaios de dispersão do óleo e do índice de emulsificação (E24%) ; iii) hidrofobicidade celular; iv) produção de biofilme; v) atividade enzimática de hidrolases; vi) presença de ramnolipídeo e vii) curva de crescimento. Todos os isolados demonstraram capacidade de degradar petróleo e outros subprodutos pelo ensaio de DCPIP, 46% utilizaram querosene e 7% degradaram xileno e tolueno. O ensaio de dispersão do óleo demonstrou que todos os isolados produzem biossurfactantes, enquanto 84% emulsionaram querosene. A atividade lipase foi demonstrada por todos os isolados, entretanto, apenas 4 linhagens produziram esterase. Os isolados foram identificados como pertencentes aos gêneros Bacillus (n= 9), Ochrobactrum (n = 11), Acinetobacter (n=2), Dermacoccus (n=1) e Staphylococcus (n = 2). Um consórcio definido foi elaborado com onze isolados que apresentaram os melhores resultados nos testes funcionais. A estimativa da degradação indica que todos os consórcios degradaram 100% do petróleo, diesel, gasolina, óleo de soja, azeite de oliva e hexadecano, enquanto a degradação para querosene, xileno e tolueno foi ≥40%; e o índice de emulsificação dos consórcios foi ≥58%. A comparação dos resultados entre o consórcio definido e os indefinidos demonstra similaridades nas características funcionais (curva de crescimento, degradação de hidrocarbonetos e produção de biossurfactantes). Conclui-se assim, que o consórcio definido apresenta o mesmo potencial da microbiota nativa, sendo uma alternativa eficiente para aplicação em estratégias de biorremediação; enquanto os consórcios indefinidos podem fornecer dados para o gerenciamento de reservatórios.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA LÚCIA FIGUEIREDO PORTO - UFRPE
Interna - 1837354 - JULLIANE TAMARA ARAUJO DE MELO CAMPOS
Presidente - 1149647 - LUCYMARA FASSARELLA AGNEZ LIMA
Interno - 1507794 - RODRIGO JULIANI SIQUEIRA DALMOLIN
Notícia cadastrada em: 16/07/2019 15:07
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