Banca de DEFESA: GABRIELLE MACEDO PEREIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GABRIELLE MACEDO PEREIRA
DATA : 25/08/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Carl Peter von Dietrich
TÍTULO:

Erythroxylum pungens O. E. Shulz: proteomica total e bioprospecção de alcaloides tropânicos

  


PALAVRAS-CHAVES:

Erythroxylaceae, Alcaloides, bioma Caatinga, proteômica, estresses ambientais


PÁGINAS: 158
RESUMO:

O bioma Caatinga é exclusivamente brasileiro, marcado pelo clima semiárido, quente, com escassez de chuvas, elevada evaporação, forte insolação o ano todo, solos rasos e pedregosos. Este bioma se destaca pelo alto índice de endemismo e desconhecimento científico. Para sobreviver neste ambiente com condições edafoclimáticas peculiares, as plantas apresentam a evolução de mecanismos intrínsecos de percepção dos sinais ambientais externos e suas respectivas respostas metabólicas. Essas respostas podem modificar o perfil de metabólitos secundários, aumentando ou diminuindo a quantidade produzida e até modificando o perfil destes. Isto pode ser interessante na utilização dos metabólitos para fins medicinais. Dentre os gêneros de ocorrência no bioma Caatinga, como fonte de alcaloides bioativos, destaca-se a espécie Erythroxylum pungens, que apresenta potencial pouco explorado. Desta forma, o objetivo deste trabalho é investigar o proteoma total e o fingerprint metabólico de E. pungens, aliado à bioprospecção de alcaloides tropânicos com potencial citotóxico. Para isso, no capítulo 1 foi possível identificar, por espectrometria de massas, sete alcaloides tropânicos conhecidos; 3-(2-metilbutiriloxi)tropan-6, 7-diol como também 3-(2-metilbutiriloxi)nortropan-6, 7-diol foram isolados e caracterizado por RMN 1D e 2D pela primeira vez. N,N-Dimetil-1-H-indol-3-etanamina foi isolado e caracterizado a partir de raízes de E. pungens. Além disso, verificou-se que alcaloides isolados de E. pungens, frente a cinco linhagens celulares, apontaram potencial seletivo de 3-(2-metilbutiriloxi)tropan-6, 7-diol contra células de tumorais de próstata. No capítulo 2, foi possível identificar 1746 proteínas nas folhas, 1779 no caule e 1026 na raiz de E. pungens. Através da recuperação dos termos GO, foi possível avaliar os processos nos quais estas proteínas estão envolvidas, verificando o mesmo perfil de processos para os três órgãos de E. pungens, com destaque para respostas a estresses bióticos, abióticos, químicos, além das respostas ao estresse oxidativo. Foram observados níveis significativos de proteínas envolvidas na fotossíntese das folhas de E. pungens, fotorrespiração, além de muitas proteínas relacionadas às resposta ao estresse: proteínas da família 14-3-3, peroxidases, catalases, superóxido-dismutase e proteínas de choque, que também podem atuar no turnover proteíco. Ainda foram identificadas cinco proteínas homólogas a tropinona redutase na folha, e produção de alcaloide em todos os órgãos, sugerindo que mesmo em condições de estresse crônico, E. pungens mantém a produção destes metabólitos. No capítulo 3, através do experimento de submissão de espécimes de E. pungens a estresse hídrico por suspensão de rega em casa de vegetação, notou-se que esta espécie investem no aumento de proteínas relacionadas às respostas ao estresse hídrico, aumenta significativamente o teor de prolina livre no citosol que funciona como importante osmoprotetor. Ademais, matém a produção de alcaloides que parecem estar mais relacionado a fase de desenvolvimento da planta do que a condição de estresse em que a planta está inserido. Com isso, os resultados deste trabalho busca contribuir para conhecimento de fitoquímica e fisiologia de E. pungens, assim como promove a espécie e consequentemente a conservação do bioma Caatinga.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1549705 - ADRIANA FERREIRA UCHOA
Externo à Instituição - ARTHUR GERMANO FETT NETO - UFRGS
Interno - 1228866 - EDUARDO LUIZ VOIGT
Externo à Instituição - JOAO HENRIQUE GHILARDI LAGO - UFABC
Presidente - 1871916 - RAQUEL BRANDT GIORDANI
Notícia cadastrada em: 07/08/2017 07:24
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