Banca de QUALIFICAÇÃO: LARISSE ARAUJO DANTAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LARISSE ARAUJO DANTAS
DATA : 03/04/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Reuniões do CB
TÍTULO:

NANOPARTÍCULAS SINTETIZADAS COM PRATA E UMA FRAÇÃO RICA EM ÁCIDO ALGÍNICO E FUCANA A: CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E AVALIAÇÃO DE SUA ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA FRENTE ÀS CÉLULAS DE MELANOMA (B16F10)

PALAVRAS-CHAVES:

Algas marrons, Polissacarídeos ácidos, Nanopartículas antiproliferativas, Síntese verde.

PÁGINAS: 92
RESUMO:

Nanopartículas de prata (AgNPs) possuem inúmeras aplicações biológicas, dentre elas destaca-se o potencial antiproliferativo. Inúmeros tipos de síntese de nanopartículas de prata encontram-se descritos na literatura, no entanto um tipo de síntese menos agressiva e mais economicamente viável, a síntese verde, tem ganhado importância dentre as demais. Neste processo de síntese é necessário o uso de um agente redutor e estabilizante que seja pouco tóxico para as células animais e para o meio ambiente. Nesse contexto, as biomoléculas de origem marinha com atividades biológicas descritas, como os polissacarídeos ácidos de algas, ganham importância. Muitos polissacarídeos ácidos (PA) extraídos de algas marinhas possuem destaque por exibir diversas atividades, como exemplo as fucanas da alga Spatoglossum schröederi. Estas fucanas possuem atividade antioxidante, antiangiogênica e antitumoral. Devido aos poucos relatos de síntese de AgNPs envolvendo polissacarídeos de algas, decidiu-se sintetizar AgNPs ao utilizar uma fração rica em ácido algínico e fucana A da alga S. schröederi por um processo de síntese verde e testar as AgNPs frente à linhagem de melanoma B16F10. Os PA da alga S. schröederi foram extraídos por um processo de digestão proteolítica e fracionamento com acetona. A fração de maior rendimento e rica em ácido algínico e fucana A, a F 0.5v, foi empregada para a síntese das AgNPs. As AgNPs foram caracterizadas quanto a absorção de luz UV, composição química e diâmetro médio, polidispersão e potencial zeta por Espalhamento Dinâmico da Luz (DLS). A formação das AgNPs foi confirmada por espectroscopia de UV-visível na faixa entre 400 e 440 nm, elas apresentaram diâmetro de 196 ± 13 nm, valores de polidispersão abaixo de 0,4 e potencial zeta negativo. As dosagens químicas, a espectroscopia de infravermelho e a espectroscopia de energia dispersiva revelaram que a maior parte das AgNPs é composta por polissacarídeos ácidos. As imagens obtidas por MEV e AFM indicaram um formato esférico para as AgNPs. Além disso, foram realizados testes antiproliferativos pelo método MTT frente às linhagens celulares 3T3 (fibroblastos) e B16F10 (melanoma murino) e avaliação da morte celular e do ciclo celular por citometria de fluxo. As AgNPs afetaram a capacidade de redução do MTT das linhagens 3T3 e B16F10, sendo esta mais evidenciada com a B16F10, pois as AgNPs (0,5 mg/mL) conseguiram reduzi-la em torno de 50%, enquanto a prata e a F0.5v não influenciaram em nenhuma das concentrações. As análises por citometria de fluxo apontaram uma elevada taxa de marcação com anexina e iodeto de propídio para as células B16F10 expostas às AgNPs, além de um aumento na porcentagem das células em Sub-G1 em detrimento às outras fases. Estudos adicionais são necessários para elucidar completamente o mecanismo de ação antiproliferativo das AgNPs e descobrir outras propriedades da fração que são intensificadas pela síntese de nanopartículas. Mesmo assim, pode-se concluir que é possível sintetizar AgNPs com polissacarídeos ácidos de S. schröederi usando um método verde e que essas AgNPs apresentaram atividade antiproliferativa mais pronunciada que seus percussores.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1549705 - ADRIANA FERREIRA UCHOA
Externo à Instituição - DIEGO DE ARAUJO SABRY - IFRN
Externo à Instituição - LEONARDO THIAGO DUARTE BARRETO NOBRE - UFRN