Banca de DEFESA: PAULA IVANI MEDEIROS DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULA IVANI MEDEIROS DOS SANTOS
DATA: 10/07/2015
HORA: 08:30
LOCAL: Sala Carl Peter von Dietrich - Depto. de Bioquímica - CB/UFRN
TÍTULO:

PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE UMA NOVA LECTINA COM ATIVIDADE IMUNOMODULADORA DA ESPONJA Aplysina fulva.



PALAVRAS-CHAVES:

Citotoxicidade, Leishmania, Imunidade celular, fator de necrose tumoral.


PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Bioquímica
SUBÁREA: Química de Macromoléculas
ESPECIALIDADE: Proteínas
RESUMO:

As esponjas marinhas se apresentam como uma rica fonte de novos compostos bioativos de grande interesse biotecnológico, vimos, neste trabalho, relatar a purificação e caracterização de uma lectina da espécie Aplysina fulva, denominada AFL com atividade imunomoduladora, bem como avaliar se a mesma possue efeito citotóxico sobre células em cultura (normais, tumorais e leishmanias). As proteínas totais foram extraídas da esponja com tampão Tris-HCl 20 mM, pH 7,5, e fracionadas por precipitação com acetona. A fração obtida com 1 volume de acetona possuía maior atividade hemaglutinante e foi submetida a uma cromatografia em matriz de goma guar com tampão tetraborato de sódio 20 mM, pH 7,5. Em seguida foi aplicada em uma coluna de Superdex 75 (FPLC-AKTA) contendo tampão Tris-HCl 20 mM, pH 7,5. A pureza da lectina foi atestada em uma coluna HILIC (HPLC). A sequência de 15 resíduos de aminoácidos do N-terminal da lectina foi determinada por degradação de Edman e não apresentou similaridade com nenhuma outra proteína dos bancos de dados mais conhecidos. A massa foi estabelecida em 62 kDa, por gel filtração em Superdex 75. Análise após tratamento com agentes redutores permitiu deduzir que AFL é uma proteína homotetramérica. Sua atividade hemaglutinante foi reduzida quando a lectina foi exposta em meio ácido (pH < 4) ou quando submetida a temperaturas acima de 60 ºC. AFL apresentou especificidade para lactose e parcial para D-glicose e D-galactose. A lectina purificada AFL não apresentou efeito citotóxico para as linhagens de células cancerígenas (PANC, HeLa, HT-29, Bf16F10, A549) e de fibroblastos (MRC5). AFL foi capaz de aglutinar formas promastigotas vivas de Leishmania amazonensis e L. braziliensis, e teve sua atividade revertida pela adição de lactose ao ensaio. AFL não diminuiu de forma significante a viabilidade de L. amazonensis. A lectina AFL apresentou atividade mitogênica em concentrações a partir de 40 µg/mL para célula mononucleares do sangue periférico (monócitos e linfócitos). A lectina AFL foi capaz de induzir na linhagem de macrófagos (RAW264.7) de murinos a liberação de TNF-α, mas não de IL-6, na concentração de 10,0 µg/mL. Quando AFL foi incubada com células esplênicas de camundongos BALB/c, foi capaz de estimular a produção de IFN-γ e promover a diferenciação de células T para uma resposta imune celular do tipo Th1. A capacidade de modular a resposta imune do tipo Th1 jamais foi relatada em lectinas de esponjas marinhas. Todos os resultados corroboram com o alto potencial que a lectina AFL apresenta como uma nova molécula capaz de modular o sistema imune, podendo ser utilizada como adjuvante de vacinas contra microrganismos, dentre eles, os do gênero leishmania


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1149629 - ALEXANDRE FLAVIO SILVA DE QUEIROZ
Externo à Instituição - DJAIR DOS SANTOS DE LIMA E SOUZA - UFERSA
Presidente - 1149356 - ELIZEU ANTUNES DOS SANTOS
Externo ao Programa - 1346635 - JANEUSA TRINDADE DE SOUTO
Externo à Instituição - TICIANA MARIA LUCIO DE AMORIM - F.M.Nassau
Notícia cadastrada em: 02/07/2015 10:27
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