Banca de DEFESA: ALAN EUGÊNIO DANTAS FREIRE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALAN EUGÊNIO DANTAS FREIRE
DATA : 31/03/2025
HORA: 14:00
LOCAL: google meet
TÍTULO:

AXÉ INSTAGRAMÁVEL?: DISCURSO, SUBJETIVIDADES E RESISTÊNCIAS DE COMUNIDADES TRADICIONAIS DE TERREIRO NO INSTAGRAM.


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chaves: Discurso. Comunidades tradicionais de terreiro. Instagram. Resistências. Subjetividades.


PÁGINAS: 195
RESUMO:

No Brasil, os discursos produzidos em torno da fé nas redes sociais digitais chamam a atenção para o entrave de crenças, construído sob a estigmatização de religiões não-cristãs. No Instagram, as interações denunciam costumes da velha diáspora, a partir do estigma que elabora práticas de racismo religioso no ciberespaço. Percebe-se, no entanto, o levante de discursos que sinalizam a afirmação dos povos de terreiro no reconhecimento e propagação das identidades negras e indígenas fundantes no culto aos ancestrais, contrariando a ordem dos condenados da terra. E dessa forma indagamos: como as materialidades discursivas das comunidades tradicionais de terreiro de Assú/RN produzem subjetividades e resistências em sua presença no Instagram? O objetivo geral desta pesquisa consiste em analisar como essas materialidades discursivas produzidas por comunidades tradicionais de Candomblé, Jurema, Umbanda e Quimbanda de Assú, no Rio Grande do Norte, veiculadas no Instagram, inscrevem a produção de subjetividades outras e a ressignificação da presença em contexto digital. Metodologicamente, esta pesquisa está amparada pelo paradigma qualitativo-interpretativista, inserido no âmbito dos Estudos da Linguagem, com foco em uma Linguística Aplicada indisciplinar, por meio de um debate interseccional, ancorandose ainda na análise do discurso proposta por Foucault, na análise do discurso digital proposta por Marie-Anne Paveau, bem como das discussões desenvolvidas pelos Estudos Culturais, especialmente os dedicados à temática das religiões de matriz afro-ameríndia. Como objetos de investigação, selecionamos seis perfis públicos de comunidades tradicionais de terreiro assuenses no Instagram. Como materialidades discursivas para análise, elencamos a bio do perfil, as métricas do tráfego na rede social (como número de seguidores, publicações e engajamento), postagens publicadas no feed (abarcando reels, repostagens e carrossel de imagens), com imagem/vídeo e descrição, bem como os comentários lançados na rede. Os resultados sugerem modos de subjetivação que foram agrupados em três dimensões de análise: a) a circulação do culto e do espaço; b) a postagem de tom político e de participação efetiva na cidade; c) o orgulho do pertencimento como forma do cuidado de si no Instagram. Tais modos de subjetivação tanto reterritorializam o Instagram quanto inscrevem outras formas possíveis de vida em Assú. A presença dos povos de terreiro no Instagram revela a produção de resistências, valendo-se das estratégias dos tecnodiscursos para inscreverem a outridade de suas manifestações, a despeito dos racismos algorítmico e religioso que compõem a dinâmica online de interação no projeto colonia


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.508.094-** - MARLUCE PEREIRA DA SILVA - UFPB
Interna - 1476540 - CELLINA RODRIGUES MUNIZ
Interno - 1000286 - ORISON MARDEN BANDEIRA DE MELO JUNIOR
Externo ao Programa - 3943432 - JOSENILDO SOARES BEZERRA - UFRNExterno à Instituição - EDGLEY FREIRE TAVARES - UERN
Externo à Instituição - FRANCISCO VIEIRA DA SILVA
Notícia cadastrada em: 27/03/2025 11:53
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