UM NOVO CICLO FOLCLÓRICO PARA O CONSELHEIRO? A “CONTINUAÇÃO” DO PROCESSO DE FOLCLORIZAÇÃO DE ANTÔNIO CONSELHEIRO (1940-1960)
Antônio Conselheiro; Calasans; História; Folclore; Sertões.
A presente dissertação pretende-se como uma análise e continuação do processo de folclorização de Antônio Conselheiro presente na obra O Ciclo Folclórico do Bom Jesus Conselheiro do pesquisador José Calasans. Utilizando-se da ideia de um Ciclo Folclórico relativo ao chefe do Arraial de Canudos, analisarei de que maneira se seguiu esse processo, através da problematização e análise discursiva das novas peças folclóricas, discursos e produções acerca do Conselheiro, que foram produzidas posteriormente ao referido estudo inicial. Articulando temas transversais como o Messianismo, o Sebastianismo, a discussão sobre o Folclore Brasileiro e partindo de uma abordagem Sociológica e Marxista, utilizarei enquanto fontes as obras O Messianismo no Brasil e no Mundo (1965) e Cangaceiros e Fanáticos (1963), respectivamente, da socióloga Maria Pereira Isaura de Queiroz e do marxista Rui Facó, produzidas durante as décadas de 40 e 60, acerca de Antônio Vicente Mendes Maciel, considerando a contribuição destas, identificadas aqui como as novas peças folclóricas, para as novas fases do Ciclo, dando ênfase às décadas aqui abordadas. Desta forma, esta dissertação é um estudo acerca das inúmeras faces e imagens folclóricas atribuídas a Antônio Conselheiro, assim como uma análise do impacto dessas representações para a formação de um perfil imagético-cultural de uma das identidades que foram atribuídas ao povo nordestino sertanejo.