FRENTES DE TRABALHO, MEMÓRIA E COTIDIANO: EXPERIÊNCIAS DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS NAS FRENTES DE EMERGÊNCIAS DO SERTÃO DA VELHA AUGUSTO SEVERO –RN (1979 A 1984)
Frentes de emergência; Augusto Severo; Discursos; Experiências.
Esta pesquisa tem como foco analisar as Frentes de Emergência no período de 1979 a 1984 a partir dos discursos veiculados por periódicos e as experiências dos trabalhadores e trabalhadoras rurais do Munícipio de Augusto Severo/RN, atual cidade de Campo Grande/RN. Nesse sentido, nosso trabalho visa lançar mão sob uma temática pouco explorada da historiografia Campograndense, deste modo, buscamos em primeiro momento entender como se construíram uma historiografia erudita sobre a cidade que tem como base um ideal urbano, ignorando o campo, o sertão e os trabalhadores e trabalhadoras rurais do município. Por esse viés, buscamos problematizar como se deram os discursos sobre a seca e os problemas das frentes nos periódicos em circulação no Rio Grande do Norte e, logo após, compreender as táticas planejadas pelas instituições para as frentes, por fim, as experiências dos trabalhadores e trabalhadoras. A nossa análise se embasa no conceito de experiência proposto por Edward Palmer Thompson (1981). A documentação analisada é composta de fontes orais e documentais, estas são: fichas registro de alistados; folhas de distribuição de alimentos e fichas de controle de frequência, os jornais O Poti e o Diário de Natal.