Ensino de História e Educação Patrimonial na Escola: o Instituto Ary Parreiras enquanto
reflexão sobre os lugares de memória – Natal/RN
ensino de história; educação patrimonial; lugares de memória
O presente trabalho, fundamentado na discussão crítica que o professor Daniel Luciano Gevehr desenvolve em seus estudos sobre o tratamento dado aos espaços de memória na sociedade contemporânea e o importante papel do ensino de História para se problematizar essa questão, tem como objeto de estudo a Escola Estadual Instituto Ary Parreiras localizada no bairro do Alecrim, dentro da Vila Naval, na cidade de Natal/RN e tem por objetivo discutir o espaço escolar como lugar de memória, sob o enfoque da Educação Patrimonial compreendida não apenas como um método do ensino de História, mas como um saber que está imbricado no processo de construção do conhecimento histórico. Desse modo, o enfoque de análise se direcionou para o método de pesquisa histórico adotado que fundamentou este trabalho, o da Nova História Cultural, pois por meio dele foi possível analisar as percepções dos alunos para com os elementos físicos e materiais que compõem a escola como lugar de memória e fonte de produção do conhecimento histórico dentro de uma abordagem cultural, permitindo compreender que as formas como os alunos expressam sua relação com os bens materiais estão relacionadas à dinâmica de rápidas mudanças que interferem no processo de formação de identidade e pertencimento deles. O exame da percepção do cenário e de seus elementos materiais se deu por meio da análise de fotografias. Nesse método a fotografia foi compreendida como um suporte de memórias e costumes, através das quais se examinou a relação dos indivíduos com a cultura material da escola, interpretou os discursos e intencionalidades presentes nos diferentes contextos de produção das imagens. A preocupação em estudar esta temática, surgiu a partir de se observar nessa instituição as dificuldades que vem enfrentando com os alunos do 6° ano do Ensino Fundamental II relacionadas à falta de interesse que eles apresentam com a disciplina de História e com problemas relativos à depredação do prédio. Desse modo, foi necessário dialogar o ensino de História com Educação Patrimonial para que os alunos e alunas pudessem compreender que, para além de um espaço de formação de saberes, a escola é um bem patrimonial do qual eles próprios são construtores da história.