Banca de DEFESA: ADRIANO CARLOS DE SOUZA JUNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ADRIANO CARLOS DE SOUZA JUNIOR
DATA : 03/07/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Sessão pública realizada por meio de videoconferência
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICOS E PERFIL METABOLÔMICO DOS PARTICIPANTES DA COORTE DO ESTUDO BRAZUCA NATAL

PALAVRAS-CHAVES:

Riscos cardiometabólicos. Metabolômica. Ressonância Magnética Nuclear.

PÁGINAS: 75
RESUMO:

Os fatores de risco cardiometabólicos incluem condições como obesidade, resistência à insulina, hipertensão arterial, dislipidemia e diabetes tipo 2. Essas condições estão interligadas por mecanismos fisiopatológicos como a inflamação sistêmica, a disfunção endotelial e o estresse oxidativo. Logo, a identificação dessas alterações precocemente visa promover ações de prevenção. Nesse sentido, os avanços no campo das ciências ômicas, dentre eles o estudo da metabolômica, emergem como uma das ferramentas mais importantes para identificar potenciais biomarcadores relacionados aos fatores de risco cardiometabólicos. Dessa forma, os objetivos deste estudo foram avaliar os fatores de risco cardiometabólicos e os perfis metabolômicos por ressonância magnética nuclear (RMN de 1H) de indivíduos adultos e idosos participantes do Estudo Brazuca Natal nos períodos 2019 - 2020 e 2023 - 2024. Trata-se de uma coorte prospectiva, cuja coleta de dados ocorreu em dois momentos: pré (2019 - 2020) e pós pandemia da COVID-19 (2023 - 2024). Em ambos os momentos do estudo, a coleta de dados ocorreu no domicílio dos participantes, sendo aplicado um questionário para obtenção de dados sociobiodemográficos e de estilo de vida, bem como realizadas medidas antropométricas e da pressão arterial. Foram coletadas amostras de sangue para avaliação de marcadores do perfil lipídico, glicêmico e inflamatório. O perfil metabolômico no plasma foi avaliado por meio da técnica de RMN de 1H. O estudo revelou mudanças significativas em variáveis sociobiodemográficas e comorbidades após a pandemia. Observou-se um aumento significativo no número de pessoas que pararam de consumir bebidas alcoólicas e uma redução no seu consumo frequente (p = 0,046). Constatou-se um aumento das pessoas com diabetes tipo 2 (p < 0,001), assim como aquelas com doenças do coração (p < 0,001). Houve um aumento significativo no risco cardiovascular avaliado pelo índice da razão cintura-altura (RCA) e do índice de adiposidade visceral (VAI) entre os períodos pré e póspandemia (p < 0,001). Além disso, a proporção de participantes com glicemia de jejum e colesterol HLD-c alterados aumentou significativamente no segundo tempo do estudo (p = 0,001 e p = 0,004, respectivamente). Ainda constatamos um aumento no percentual de participantes com valores de proteína C reativa ultra-sensível (PCR-us) em classificação de baixo risco no segundo momento do estudo comparado com o primeiro (p < 0,001). Quanto aos dados metabolômicos, os espectros de RMN de 1H indicaram que os ácidos graxos do grupo terminal –CH₃ (0,83 ppm), o acetato (1,92 ppm), a glicose (5,23 ppm) e a tirosina (7,20 ppm) foram alguns dos metabólitos mais relevantes para distinção dos grupos pré e pós COVID19. Dentre os metabólitos diferenciais, destacamos que a glicose apresentou concentrações mais elevadas no grupo pós-COVID-19. Em contrapartida, os aminoácidos como a isoleucina e a valina, além do lactato, apresentaram uma diminuição no segundo momento do estudo. Sendo assim, os resultados sugerem alterações nos fatores de risco cardiometabólicos e nos perfis metabolômicos dos indivíduos, com destaque para os metabólitos relacionados ao risco de doenças cardiometabólicas.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALEXANDRE COELHO SERQUIZ - UFPB
Presidente - 2306763 - KARINE CAVALCANTI MAURICIO DE SENA EVANGELISTA
Externa à Instituição - LJUBICA TASIC - UNICAMP
Externa ao Programa - 1569526 - RENATA MENDONÇA ARAUJO - null