Eficácia de intervenção educativa como estratégia de ensino-aprendizagem na irrigação intestinal.
Estomia, Enfermagem, Educação em Saúde, Irrigação Terapêutica.
Objetivo: Analisar a eficácia de intervenção educativa como estratégia ensino-aprendizagem do procedimento de irrigação intestinal com estudantes do curso de graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Método: Trata-se de um ensaio clínico, randomizado, realizado no Departamento de enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com 31 estudantes de Graduação que cursavam a disciplina de Atenção Integral ao Adulto I, em que foram divididos em grupo controle e intervenção, aleatoriamente. A análise do conhecimento foi mediante a aplicação de um instrumento contendo 10 questões em três etapas: pré-teste, pós-teste e retenção. Os dois grupos receberam materiais para leitura prévia, além disso, para o grupo controle foi ministrada aula expositiva-dialogada sobre o procedimento de irrigação intestinal e para o grupo intervenção realizou-se simulação clínica. A análise dos dados ocorreu através do programa SPSS 20.0, realizando a análise estatísticas descritiva, inferencial, teste Qui-quadrado e o teste de Mann-Whitney. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição responsável, sob o número do parecer 3.050.149 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética 02977518.8.0000.5537. Resultados: Quanto a caracterização sociodemográfica, a maioria era do sexo feminino 27 (87,1%), solteiros 14 (45,2%), com renda familiar de mais 3 salários mínimos 12(38,7%), com idade média de 24,94 anos (desvio padrão de 6,59), sem filhos 27 (87,1%), sem experiências anteriores na área da saúde 27 (87,1%). Não se observaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos no pré-teste; No pós-teste observou-se melhores escores no grupo controle (com diferenças estatisticamente significativa p=0,008) e média de 9,19; e na retenção, realizada trinta dias após a intervenção, observaram-se melhores escores no grupo intervenção (com diferenças estatisticamente significativa p=0,015) e com média de 9,0. Conclusão: O estudo demostrou que ambas as estratégias apresentaram-se eficazes. A aula expositiva-dialogada apresentou-se eficaz no período pós-teste imediato, enquanto a simulação clínica constatou um resultado positivo a longo prazo na retenção.