Conhecimento, satisfação e autoconfiança de estudantes técnicos de enfermagem a partir do uso da simulação clínica: estudo quase-experimental.
Simulação. Educação técnica em enfermagem. Enfermagem.
Objetivou-se analisar o conhecimento, a satisfação e a autoconfiança de estudantes do curso técnico em enfermagem a partir do uso da simulação no ensino de suporte básico de vida no contexto da Atenção Primária à Saúde. Trata-se de um estudo de intervenção, longitudinal e de abordagem quantitativa. Utilizou-se o delineamento quase-experimental de grupo-controle não-equivalente do tipo pré-teste e pós-teste, através de uma amostragem não-probabilística por conveniência. O estudo foi realizado na Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte com 46 estudantes do curso técnico em enfermagem da referida instituição. A avaliação de conhecimento, de satisfação e de autoconfiança na aprendizagem e autoconfiança para atuar em situações de emergência, validados, foram aplicados em três momentos: pré-teste, pós-teste imediato e pós-teste secundário (após 30 dias). O grupo controle participou do curso teórico-prático de Suporte Básico de Vida com ênfase na Atenção Primária à Saúde com as seguintes estratégias metodológicas: aula expositiva e demonstração de habilidades. Já o grupo experimental participou do mesmo curso, porém, com as seguintes estratégias: aula expositiva acrescida de simulação clínica. Para a realização da simulação, foi seguido o modelo conceitual de Simulação NLN/Jeffries para o ensino de enfermagem. Participaram do presente estudo 46 estudantes, predominantemente do sexo feminino (69,6%), na faixa etária compreendida entre 16 a 25 anos (63%), que nunca haviam estudado suporte básico de vida no curso técnico (76,9%) e sem experiência profissional na área da saúde (100%). Quanto a comparação do nível de conhecimento, tem-se que, ao nível de significância 5%, houve diferença estatística entre as medianas do grupo controle e experimental no pós-teste 2, dessa forma, os estudantes do grupo experimental retiveram mais conhecimento que os do grupo controle. Além disso, os estudantes do grupo experimental mantiveram maiores níveis de autoconfiança para atuação em emergência, observando-se diferença nos pós-testes 1 e 2. Nesse aspecto, estudantes do sexo feminino apresentaram maiores níveis de autoconfiança para atuação em emergência quando comparados aos do sexo masculino. Quanto a satisfação e autoconfiança na aprendizagem aplicada para os estudantes do grupo experimental após a utilização da simulação, tem-se uma predominância de estudantes fortemente satisfeitos e autoconfiantes com a aprendizagem após a participação na simulação clínica. Com isso, a aprendizagem a partir da metodologia de simulação clínica conferiu scores maiores de conhecimento, de satisfação e de autoconfiança, comparados àqueles adquiridos através de aula expositiva com demonstração de habilidades.