Avaliação do ganho de peso de bebês prematuros em relação ao leite materno e leite do banco de leite.
Aleitamento Materno; Prematuro; Ganho de Peso; Enfermagem Neonatal.
Este estudo teve como objetivo avaliar o ganho de peso ponderal de recém-nascidos prematuros alimentados com leite materno da própria mãe com aqueles recém-nascidos alimentados com leite fornecido pelo banco de leite humano. Tratou-se de uma pesquisa do tipo quantitativa, descritiva e observacional. Foi realizado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Alojamento Conjunto da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), unidade de referência para gravidez e nascimento de risco no Rio Grande do Norte. Foram envolvidos recém-nascidos prematuros que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: idade gestacional entre 26 a 37 semanas, internados inicialmente na UTIN, com dieta oral, por gavagem, copo e/ou sucção. Foram excluídos do estudo neonatos prematuros com dieta zero maior do que sete dias ou complicações, tais como: doenças metabólicas com comprovada intolerância ao leite materno; sepse neonatal; atresia de esôfago e outras alterações que possam comprometer avaliação do ganho de peso. A amostra constou de todos os recém-nascidos hospitalizados na UTIN no período de maio a junho de 2014, com seguimento até a alta hospitalar, finalizada em agosto de 2014 e que atenderam aos critérios de inclusão do estudo. De acordo com dados estatísticos da instituição campo de pesquisa foram admitidos 60 recém-nascidos prematuros no período correspondente a coleta de dados, sendo que destes, 40 recém-nascidos obedeceram aos critérios de inclusão do estudo. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN, sob CAAE nº 0699.0.000.294-11. Os dados coletados estão sendo submetidos à análise em softwares estatísticos, utilizando-se a estatística descritiva e métodos comparativos. Os resultados preliminares indicam que os 40 recém-nascidos envolvidos no estudo nasceram de mães com média de idade 25,42 anos, com menos de nove anos de estudo 21 (52,5%), possuíam renda familiar menor que um salário mínimo 25 (62,5%). Os recém-nascidos eram na sua maioria do sexo feminino 21 (52,5%), nascido de parto cesária 26 (65%), prematuridade moderada 29 (72,5%), baixo peso ao nascer 20 (50,0%). A media de peso ao nascer foi de 1.583,28g. Quanto a dieta, receberam um total de 10.042 dietas, sendo uma média de 250,85 dietas por cada recém-nascido, para uma média de 31,47 dias de internamento. A maioria das dietas (50,16%) recebidas pelos recém-nascidos foram de leite humano doado fornecido pelo Banco de Leite Humano. Em relação à predominância de dieta recebida foi de Leite Materno Ordenhado da própria mãe (52,5%). Detectou-se que 17,5% dos neonatos receberam, em algum momento, leite artificial. O ganho de peso relativo ao tipo de dieta encontra-se em processo de avaliação estatística. A dieta predominante para os recém-nascidos prematuros foi do Leite Materno Ordenhado da sua própria mãe, porém todos ainda receberam complementação da dieta com leite humano pasteurizado fornecido pelo BLH. Considera-se que o BLH da instituição fornece um grande suporte nutricional na UTIN, porém precisa de um maior número de mães doadoras para garantir leite pré-termo aos recém-nascidos pré-termo. O incentivo e o apoio à amamentação para as lactantes de recém-nascidos internados em UTIN precisam ser contínuos, para diminuir as dificuldades vivenciadas por estas mães em manter a lactação.