TÍTULO: CULTURA E CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UMA MATERNIDADE ESCOLA: PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA
Clima de Segurança. Cultura de Segurança. Segurança do Paciente. Enfermagem.
A partir da publicação do relatório “Errar é Humano” pelo Institute of Medicine (IOM), o qual estimou que entre 44.000 a 98.000 americanos morrem anualmente em decorrência de erros da assistência à saúde, a segurança do paciente passou ganhar destaque, surgindo estudos que avaliam a cultura de segurança através da mensuração do clima de segurança. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo identificar a cultura de segurança percebido pelos profissionais de enfermagem que atuam nas unidades de terapia intensiva de uma maternidade escola em Natal/RN através do Questionário Atitudes de Segurança (SAQ). Tratou-se de um estudo do tipo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa realizado nas Unidades de Terapia Intensiva Materna e Neonatal de uma maternidade escola na cidade de Natal/RN. O projeto foi submetido à Plataforma Brasil e aprovado pelo CEP/UFRN sob o número 309.540 e CAAE 16489713.7.0000.5537. Utilizou-se para a coleta de dados dois instrumentos: o primeiro um questionário com a finalidade de coletar dados sócio demográficos dos sujeitos e o segundo o Questionário Atitudes de Segurança, uma adaptação transcultural para a língua portuguesa do instrumento da Organização Mundial da Saúde intitulado Safety Attitudes Questionnaire - (SAQ) Short Form 2006. O SAQ é a versão genérica do instrumento que mensura o clima de segurança percebido pelos profissionais e foi escolhido devido às suas qualidades psicométricas e por ser o instrumento mais utilizado para mensurar o clima de segurança em hospitais. O instrumento contém 41 itens subdivididos em seis domínios: clima de trabalho em equipe, satisfação no trabalho, percepção da gerência da unidade e do hospital, clima de segurança, condições de trabalho e percepção do estresse. Os dados coletados foram analisados quantitativamente através da organização em banco de dados eletrônicos no Microsoft Excel 2010 e exportados para planilha do SPSS (Statistical Package for the social sciences) versão 2.0 para serem codificados, tabulados, e analisados mediante estatística descritiva. Participaram do estudo um total de 50 profissionais de enfermagem, sendo 31 da UTI Neonatal e 19 da UTI Materna. Os escores dos domínios analisados a princípio foram ligeiramente mais elevados na UTI Materna se comparada à UTI Neonatal: no primeiro domínio a UTI Materna obteve média de 74,77, com medianas de 75 e 100, enquanto a UTI Neonatal atingiu média de 69,61 com medianas também de 75 e 100; já no segundo domínio as médias foram de 69,35 e 66,01 para as UTIs Materna e Neonatal respectivamente, com mediana de 100 nos dois setores. Assim, nenhum dos setores atingiu o escore mínimo de 75, o que significa um sinal de alerta para a instituição e indica a necessidade de implementar ações que visem a segurança do paciente.