MEDIDA INDIRETA DE TEMPERATURA DE CORPOS IMERSOS EM PLASMA
Gradiente térmico, cátodo oco, aço rápido AISI M35, plasma.
Quando um sólido é imerso em plasma, a transferencia de calor ocorre por radiação e colisões das partículas sobre a superfície do material. Dependendo da taxa de colisões das particulas e da condutividade térmica do sólido haverá gradientes térmicos no interior das amostras, devido a ocorrência de picos térmicos (aquecimento pontual nas regiões de colisões). A fim de estudar esse efeito, amostras de aço rápido AISI M35 cujos valores de dureza são fortemente sensíveis à temperatura de revenimento, foram utilizadas como micro sensores térmicos. Amostras foram temperadas em forno resistivo e, em seguida, parte das mesma foi revenida em forno resistivo e outra parte revenida em plasma. A partir do gráfico da dureza (Hv) em função da temperatura (T) das amostras revenidas em forno resistivo foi possível obter uma função Hv(T) para determinação indireta do perfil térmico das amostras tratadas em plasma. As amostras foram revenidas em plasma utilizando temperatura de referência igual a 550 oC. Em seguida foi obtido o perfil de dureza dessas amostras ao longo da seção transversal. Verificou-se que amostras tratadas em plasma, ao contrário daquelas tratadas em forno resistivo, apresentaram gradiente de dureza da superfície para o núcleo. Além disso, verificou-se que as amostras tratadas em configuração planar apresentaram gradientes inferiores àquelas tratadas em configuração cátodo oco. Nessas últimas observou-se gradientes térmicos superiores a 600 oC/mm.