DESGASTE CORROSIVO-CAVITATIVO-EROSIVO DE UM AÇO-CARBONO EM MEIO AQUOSO COM FRAÇÕES DE SAL (NACL), CO2 E PARTICULADOS SÓLIDOS (SIO2)
Um lote de quarenta e dois corpos-de-prova (CP) de aço baixo carbono foram investigados em laboratório sob solicitações corrosivas, cavitativo-corrosivas (CO2) e erosivo-corrosivas (SiO2+CO2) em meio aquoso e a duas temperaturas. Ensaios de microdureza Vickers a três níveis de subsuperfície (HV0,05, HV0,10, HV0,20), rugosidade e ondulação superficial, nas condições “como recebidas, após usinagem” e “após desgastadas”, bem como medições gravimétricas e eletroquímicas, através das técnicas de variação mássica e resistência de polarização linear (RPL) foram realizadas para cada CP. Os resultados da microdureza e da textura superficial foram submetidos à comparação estatística, utilizando-se o software Statgraphics® Centurion XVI e, com 95% de certeza estatística, constatou-se diferença significativa em duas geratrizes opostas dos CP, a montante (0°) e a jusante (180°) do fluxo agitado contra o CP, em todas as condições de ensaio, sem e com agitação mecânica e borbulhamento de gás, sem e com contaminação do fluido por partículas sólidas de SiO2 , nas duas temperaturas estudadas. As medidas das taxas de desgaste corrosivo por RPL e por variação mássica demonstraram ser sensíveis à presença de bolhas e às flutuações hidrodinâmicas no interior da célula, consideradas a temperatura e a contaminação do fluido corrosivo por partículas sólidas. Apresentam-se, também, os principais resultados da inspeção visual em que se evidenciam algumas topologias do dano superficial nas geratrizes a 0° e a 180° e as flutuações nas taxas de desgaste do aço em estudo sob as diferentes solicitações.