OXIDAÇÃO ELETROLÍTICA À PLASMA DO AÇO AISI 316L COM ADIÇÃO DE FOSFATO DE CÁLCIO
Hidroxiapatita, Oxidação Eletrolítica, AISI 316LVM, Biomaterial Biocompatibilidade
O aço inoxidável 316L tem sido amplamente utilizado como um biomaterial metálico para implantes ortopédicos e odontológicos devido às suas excelentes propriedades mecânicas e baixo custo. No entanto, uma das principais limitações ao seu uso clínico é a suscetibilidade à corrosão localizada em ambientes fisiológicos que podem resultar em inflamação, dor e, na pior das hipóteses, falha no implante. Para aumentar sua biocompatibilidade, o metal pode ser revestido com hidroxiapatita que possui uma composição química semelhante à matriz inorgânica do osso. O objetivo deste estudo é a melhoria do comportamento de corrosão, biocompatibilidade do implante metálico e da osseointegração. O aço inoxidável 316L foi usado como substrato metálico para deposição do revestimento de hidroxiapatita realizado pela técnica de eletrodeposição denominada Oxidação Eletrolítica a Plasma (PEO), no qual apresenta como vantagens a sua simplicidade, o baixo custo e a estabilidade térmica e química. As amostras foram imersas em solução eletrolítica contendo acetato de cálcio, beta glicerol fosfato e ácido nítrico. Em seguida, foi aplicado uma diferença de potencial utilizando duas configurações: reação catódica durante os tempos de 90 e 180 segundos e reação anódica durante os tempos de 15 e 20 segundos. A composição de fases cristalinas do revestimento foi analisada por difração de Raios-X (DRX). A topografia dos filmes depositados e sua espessura de camada foram analisados por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Ademais, as propriedades de corrosão das superfícies com e sem tratamento foram avaliadas por testes de polarização potenciodinâmica utilizando uma célula eletroquímica de corrosão com eletrólito contendo 3% de cloreto de sódio (NaCl) em peso. Os resultados obtidos mostraram que os revestimentos bioativos de hidroxiapatita foram depositados com sucesso na superfície do substrato e apresentaram uma espessura relevante e uniforme, constituída de uma composição química estável. O aumento da resistência à polarização indica que os revestimentos são eletroquimicamente estáveis e evidenciam melhor resistência à corrosão. Dessa forma, a metodologia empregada fornece uma maneira prática e objetiva de modificar a superfície do aço inoxidável 316L e obter uma melhor biocompatibilidade do metal para aplicações médicas.