DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS DE USINAGEM AUTOLUBRIFICANTES, COMPOSTAS POR LIGA DE WC-Co E LUBRIFICANTES SÓLIDOS
Ferramentas de corte, Sinterização por plasma pulsado, Lubrificação sólida.
A utilização de fluidos de corte nos processos de usinagem é uma prática bem difundida, entretanto o aspecto ambiental desfavorece a sua aplicação. O uso e o descarte desse material ao fim de sua vida, prejudicam o meio ambiente. Com o objetivo de diminuir o dano ambiental as técnicas de corte a seco e corte com mínima quantidade de fluido vem sendo empregadas em algumas operações de usinagem. Este trabalho tem por objetivo o desenvolvimento de ferramentas de usinagem autolubrificantes, e visa à aplicação dessas em operações de usinagem a seco. As ferramentas serão produzidas pela técnica de Sinterização por Plasma Pulsado (SPS), que tem por características consolidar estruturas constituídas por pós pela aplicação simultânea de pressão e temperatura. Essa técnica densifica estruturas em temperaturas inferiores e tempos mais curtos do que técnicas convencionais de sinterização. A autolubrificação das ferramentas acontecerá pela a introdução de lubrificantes sólidos, em diferentes concentrações, na composição das mesmas. Os lubrificantes sólidos utilizados serão o Bissulfeto de Molibdênio (MoS2) e o Grafite (C), materiais que apresentam baixa tensão de cisalhamento, o que os caracterizam como lubrificantes sólidos. Amostras cilíndricas com as composições a serem estudadas foram sinterizadas e caracterizadas. Ensaios de dureza, compressão e de desgaste foram realizados nas amostras a fim de identificar as melhores concentrações. Os resultados dos ensaios mecânicos mostram que dentre as composições com MoS2 a maior dureza encontrada foi de 1134 HV, já para composições com C foi de 1578 HV. O módulo de elasticidade das amostras ensaiadas atingiu valores de até 870 GPa, dentro da faixa dos metais duros. Para a caracterização dos desgastes utilizou-se ensaios de torneamento onde algumas composições tiveram tempo de vida útil superior a 20 minutos, sendo estipulado um valor máximo para o desgaste lateral das amostras. Para a conclusão da etapa de ensaios pretende-se sinterizar amostras com geometrias de ferramentas de corte, com as composições que apresentaram melhores resultados nos ensaios mecânicos, realizar ensaios de usinagem a seco e caracterizar quimicamente as amostras e poder identificar possíveis mecanismos que tenham influenciado os resultados já encontrados.