Banca de QUALIFICAÇÃO: JULIANA MORAIS DE SOUSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIANA MORAIS DE SOUSA
DATA : 15/12/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de reuniões do Departamento de Nutrição
TÍTULO:

Relação do consumo materno de alimentos ultraprocessados com o crescimento e práticas alimentares de lactentes da cidade de NatalRN


PALAVRAS-CHAVES:

Alimentos industrializados. Crescimento infantil. Hábitos alimentares. Classificação NOVA.


PÁGINAS: 71
RESUMO:

No período da lactação, há poucas evidências sobre as consequências do consumo materno de alimentos ultraprocessados (AUP) na saúde e nutrição do lactente. Um estudo encontrou que a ingestão de AUP materna pode impactar no estado nutricional e composição do leite materno, sugerindo a influência do consumo de AUP no lactente. Sendo assim, por ser a única fonte de nutrientes do lactente em aleitamento materno exclusivo (AME), pela qualidade da dieta materna refletir no estado nutricional infantil e pela escassez de estudos no binômio, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do consumo de AUP materno no crescimento e nas práticas alimentares de seus lactentes. Trata-se de estudo do tipo transversal realizado com o binômio mãe-filho até 150 dias pós-parto assistidos no programa de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da rede de atenção primária à saúde de Natal-RN. Os indicadores antropométricos peso para idade, comprimento para idade, peso para comprimento e IMC para idade foram avaliados de acordo com as curvas de crescimento da Organização Mundial de Saúde (OMS). As práticas alimentares foram avaliadas por cinco indicadores de aleitamento materno e dois indicadores de alimentação complementar, segundo a OMS. O consumo materno foi obtido por recordatórios 24h e os alimentos foram categorizados segundo a classificação NOVA. O binômio foi agrupado de acordo com os tercis de participação energética de consumo materno de AUP. Os resultados parciais correspondem a 76 binômios, com mulheres lactantes de 26 anos e consumo médio de 2.765,87 kcal/dia (IC95%: 2488,20 - 3043,54), sendo 26,24% dessas calorias derivadas de AUP. Dos lactentes estudados, 60,5% eram do sexo masculino, tinham 2 meses de idade, 38,4% apresentavam excesso de peso e 10,6% baixo comprimento para idade. Em relação às práticas alimentares, apesar do AME ter sido encontrado em 69,6% dos casos, menos de 50% dos lactentes foram amamentados na primeira hora de vida (AM1H) e nas primeiras 48 horas de vida (AM2D). Nos tercis de maior participação de AUP foram encontrados mais casos de crianças em aleitamento materno misto (31,6% versus 16,7%), em uso de mamadeiras (42,1% versus 22,2%) e com desvios nutricionais como excesso de peso (38,9% versus 30,8%), magreza (11,1% versus 0%) e baixo comprimento para idade (11,8% versus 7,1%), quando comparados aos lactentes agrupados no menor tercil. Apesar dessas proporções não terem apresentado diferenças estatísticas significativas, se faz necessário continuar o estudo para verificar se o consumo materno de AUP tem relação no crescimento e práticas alimentares dos lactentes. Os resultados finais deste estudo disponibilizarão informações importantes a respeito do impacto do consumo materno de AUP na saúde da criança e poderá subsidiar ações de promoção de alimentação saudável na infância.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2646462 - BRUNA LEAL LIMA MACIEL
Presidente - 2578592 - KARLA DANIELLY DA SILVA RIBEIRO RODRIGUES
Externa ao Programa - 2315640 - MARCIA MARILIA GOMES DANTAS LOPES - null
Notícia cadastrada em: 05/12/2022 13:59
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