Ácido oleíco e expressão do echdc3: possíveis relações com a extensão da lesão aterosclerótica.
Ácido oléico, expressão gênica, doença cardiovascular, aterosclerose, índice de Friesinger, ECHDC3.
O perfil de ácidos graxos está associado com o risco e progressão de várias doenças, provavelmente via influência da expressão gênica. Neste trabalho, verificamos uma correlação entre a alta expressão do ECHDC3 e a severidade da síndrome coronariana aguda, além da relação entre o perfil sérico de ácido graxo e a expressão do ECHDC3 em pacientes com diferentes extensões de lesão coronariana.
Metodologia
Participaram 59 pacientes com risco cardiovascular, idade entre 30-74 anos e que estavam realizando pela primeira vez a cinecoronariografia. O grau das lesões ateroscleróticas foi avaliado pelo índice de Friesinger e os pacientes foram classificados em grupos: sem lesão (n=18), poucas lesões (n=17), lesões intermediárias (n=17) e lesões graves (n=7). A avaliação bioquímica, concentração de ácidos graxos e expressão do ECHDC3 foram realizadas.
Resultados
Elevados níveis séricos de ácido oléico e ácidos graxos monoinsaturados foram observados em pacientes com poucas lesões e intermediárias, quando comparado com pacientes sem lesão (p<0,05). A expressão do ECHDC3 foi 1,2 vezes mais alta em pacientes com poucas lesões que em pacientes sem lesão (p=0,023), e 1,8 vezes mais baixa em pacientes com lesão grave que em pacientes sem lesão (p=0,020).
Conclusão
O aumento dos níveis séricos de ácidos graxos monoinsaturados, principalmente o ácido oléico, e a alta expressão do ECHDC3 em pacientes com lesão arterial coronariana sugere que há fatores independentemente associados com o início da progressão da doença cardiovascular.