Recuperação Inteligente de Desastres em Sistemas de Operação, Gerenciamento e Controle de Infraestruturas
5G
O aumento da complexidade das redes móveis de quinta geração (5G), ocasionado pelo elevado número de dispositivos móveis, aliado ao aumento das exigências quanto aos novos requisitos de aplicação, exige o emprego de sistemas de gestão capazes de prover redes 5G sempre melhor conectadas e melhor servido. Pensando nisso, as operadoras de rede empregam centros de Operação, Gerenciamento e Controle (OMC, do inglês Operation,
Management and Control), um ecossistema que envolve diferentes tecnologias e ferramentas que interoperam para fornecer funções de operação e gerenciamento de última geração projetadas para manter a rede viva com níveis garantidos acordados em SLA (Service Level Acordo) ao longo do tempo. Um OMC é construído estrategicamente em uma instalação de ambiente centralizado e tem a função de responder à ocorrência de um
"desastre", ou seja, eventos que potencialmente podem levar a um determinado nível de indisponibilidade do serviço de rede. Como forma de garantir algum nível de tolerância a falhas, instâncias OMC redundantes devem ser adotadas, onde um OMC backup deve assumir o controle quando uma instância principal do OMC falha. Um Sistema de Recuperação de Desastres (DRS, do inglês Disaster Recovery System) tem o objetivo de atribuir qual instância OMC assume o controle principal dentro de um ecossistema 5G. Para isso, o DRS monitora constantemente o ecossistema 5G em busca da detecção de eventos de desastres para que designe um OMC de backup para assumir o controle principal.
Com base no fato de que o DRS opera principalmente de maneira reativa, o que significa que a alternância entre OMCs é feita após a detecção de uma ocorrência de desastre, esta pesquisa de mestrado se dedica à exploração de técnicas de Machine Learning para controlar com eficiência a atribuição de OMCs multi-redundantes no controle de redes 5G. Para tanto, é introduzido o iDRS (Intelligent Disaster Recovery System), que se baseia em análises preditivas para atuar proativamente na atribuição do controle dos OMCs, na hipótese de provisionar um sistema eficiente e ágil para manter as redes 5G ao longo de sua vida útil.