Banca de DEFESA: MIRLLY DE SOUZA FERREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MIRLLY DE SOUZA FERREIRA
DATA : 29/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Híbrido na sala 11 do GEPET e Meet: https://meet.google.com/tmf-psxs-opj
TÍTULO:

JUVENTUDES UBERIZADAS NA AMÉRICA LATINA: as vivências do trabalho de jovens entregadores por aplicativo


PALAVRAS-CHAVES:

vivência; juventudes latino-americanas; uberização; materialismo histórico-dialético; psicologia histórico-cultural.


PÁGINAS: 166
RESUMO:

Esta pesquisa visa analisar as vivências do trabalho uberizado de jovens entregadores subordinados a aplicativos. A partir da observação de situações de trabalho e entrevistas realizadas em Natal-Brasil e Córdoba-Argentina, com motoboys e bikeboys. Trata-se de pesquisa qualitativa, ancorada na Psicologia Histórico-Cultural e embasada pelo materialismo histórico-dialético. Realizamos entrevistas semiestruturadas com 22 jovens, onze de Natal-Brasil e onze de Córdoba-Argentina, que tinham entre 18 a 24 anos. A discussão será desenvolvida a partir de quatro núcleos de significação: 1) Trajetórias uberizadas da juventude periférica: "a maioria das coisas que eu trabalhei foi informalmente, sabe, moça?", 2) Mau-encontro na atividade alienada: "eu levo como se fosse um trabalho normal", 3) Bom-encontro na atividade emancipadora: "A gente é uma classe unida" e 4) Entre-mundos formais e informais: Projetos Laborais das juventudes uberizadas. A exploração do trabalho infanto-juvenil é uma realidade no setor informal, usado como mão de obra barata, remunerada com salários baixos e sem direitos. As empresas-aplicativo se apropriam dessa informalidade que é comum aos países periféricos, atuando como “mediadoras”. As trajetórias dos jovens no circuito inferior são marcadas pela superexploração do trabalho. Continuam vivenciando um modelo de produção que remonta à indústria 1.0, caracterizado pela imposição de longas jornadas e esforço físico intenso para obter uma renda que, por vezes, não alcança o salário mínimo. A atividade guia do jovem adulto, dentro da sociedade capitalista, integra uma contradição: o trabalho como atividade emancipadora e alienante. A ausência de referência a empregos dignos como instrumento mínimo de proteção social afasta e deturpa a percepção das condições de trabalho decentes. As empresas-aplicativo utilizam a ideologia empreendedora para reforçar o individualismo próprio da racionalidade neoliberal. Na atividade uberizada, os riscos e custos são transferidos ao trabalhador. Diante da ausência dos direitos mínimos e as adversidades do contexto de trabalho, a solidariedade surge como uma rede de apoio vital. Essa cooperação impulsiona o desenvolvimento da consciência de classe, compartilhando novos modos de pensar-sentir-agir.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1033183 - FELLIPE COELHO LIMA
Interna - 1720819 - ILANA LEMOS DE PAIVA
Externa à Instituição - MANUELA CASTELO BRANCO PESSOA - UFPB
Notícia cadastrada em: 23/02/2024 13:27
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