A ESTÉTICA DO OPRIMIDO NA ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL NO BRASIL
Teatro do Oprimido; Estética do Oprimido; Arte; Atenção à Saúde; Saúde Mental.
Este estudo tem como referencial epistemológico o pensamento de Augusto Boal, criador do Teatro do Oprimido, que busca o fortalecimento cultural dos grupos e povos oprimidos, construindo uma proposição para o desenvolvimento humano focado na análise dos conflitos sociais a partir da arte. Objetivo geral: analisar a Estética do Oprimido na Atenção à Saúde Mental no Brasil. Objetivos específicos: a) identificar atores sociais que utilizam/ utilizaram o Teatro do Oprimido como instrumento de atenção à saúde mental; b) descrever atividades desenvolvidas nas Políticas de Saúde Mental com esta perspectiva estética; c) compreender as produções subjetivas do trabalho em saúde a partir do pensamento teórico-prático de Augusto Boal; d) promover a reflexão crítica do uso da Estética/Teatro do Oprimido no cuidado em saúde; e) construir referencial teórico-prático acerca da Estética no Oprimido no campo da Saúde Mental. Procedimentos metodológicos: uso de questionários on-line autoaplicáveis e entrevistas individuais com profissionais da rede de saúde que utilizam/utilizaram o Teatro do Oprimido como ferramenta de trabalho. O questionário do tipo online, Google Docs, para os trabalhadores foi disponibilizado nas redes sociais e seus respondentes constituem o grupo de participantes da primeira fase. Foram realizadas seis entrevistas individuais não estruturadas com três participantes da primeira fase e três gestores do projeto Teatro do Oprimido na Saúde Mental no Centro do Teatro do Oprimido-RJ, acerca do trabalho em saúde e da proposta da Estética do Oprimido como instrumento de cuidado. Os questionários foram analisados de forma descritiva acerca das atuações com esta metodologia na promoção e atenção à saúde mental. As entrevistas individuais propuseram uma conversação/relação dialógica entre pesquisadora-pesquisadas/os e através destas foram delineados quatro temas geradores de análises 1) Projeto Teatro do Oprimido na Saúde Mental; 2) CAPS e a Reforma Psiquiátrica; 3) Arte e Saúde Mental; 4) Percursos profissionais e o Teatro do Oprimido.