Análise da Atividade de Trabalho do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SAMU; Atenção às Urgências; Saúde do Trabalhador; Condições de trabalho;
Este projeto divide-se em três partes para melhor esmiuçar e compreender o trabalho do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A primeira parte discorre sobre os aspectos históricos do
Atendimento Pré-Hospitalar (APH) móvel no Brasil. A segunda parte refere-se à implantação da
Política Nacional de Atenção às Urgências (PNAU) e, em seguimento, a oficialização do SAMU, são
apresentadas na segunda parte. A terceira parte resulta de uma revisão sistemática de literatura
(PROSPERO: CRD42019125250), que teve como objetivo caracterizar a produção científica sobre o
trabalho do SAMU brasileiro. As bases de dados consultadas no primeiro momento foram SciELO,
PePSIC e o Periódico CAPES. Em seguida, foi consultada a BVS que congrega as bases de BDENF;
IBECS; Index-Psi; LILACS e MEDLINE. Os descritores empregados foram “SAMU”, “atendimento
pré-hospitalar (Emergency Medical Services)” e “Trabalho (Work)”. A amostra desta revisão foi
constituída por um corpus de 49 artigos, os quais passaram pelo processo de avaliação de qualidade
Joanna Briggs Instituti (JBI). A produção científica analisada caracteriza-se por averiguar a relação
entre saúde e trabalho do SAMU. A maioria dos estudos ocorreu no nordeste e sudeste, no ano de 2020
e em periódicos de enfermagem. São estudos descritivos e/ou exploratórios, que tomaram os
profissionais de enfermagem como amostra, em que averiguaram o estresse ocupacional através da
aplicação de questionários. Na síntese temática de similaridade emergiram quatro categorias que
exploram o trabalho da equipe de enfermagem, as relações de trabalho do SAMU, as condições de
trabalho e riscos de adoecimento, e os métodos de intervenção. Conclui-se que os trabalhadores do
SAMU enfrentam constantemente a falta de materiais e o número insuficiente de ambulâncias, o que
compromete a qualidade do serviço. Além disso, parece não haver articulação suficiente entre o
SAMU e demais estabelecimentos da saúde pública, impedindo a efetividade das políticas de atenção
às urgências.