Banca de DEFESA: KADIDJA SUELEN DE LUCENA SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KADIDJA SUELEN DE LUCENA SANTOS
DATA : 10/08/2018
HORA: 09:30
LOCAL: Auditório do LabPsi
TÍTULO:

PÓS-ABRIGAMENTO DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA: UMA COMPREENSÃO FENOMENOLÓGICA 


PALAVRAS-CHAVES:

 Pós-abrigamento; Violência contra a mulher; Casa-Abrigo, Fenomenologia Heideggeriana; Pesquisa fenomenológica.


PÁGINAS: 106
RESUMO:

O momento de pós-abrigamento, na cidade de Natal, se inicia quando as mulheres saem da Casa-Abrigo Clara Camarão. Este local é responsável por acolher, por tempo limitado, e de maneira sigilosa, mulheres em situação de violência e com risco iminente de morte. Atualmente, a maior parte dos agressores são pessoas próximas a elas e que praticam a violência dentro das suas próprias casas. O pós-abrigamente se refere ao retorno das mulheres aos seus contextos de origem.  Partindo deste recorte, este trabalho buscou compreender, a partir da fenomenologia-existencial heiddegeriana, a experiência de mulheres que sofreram violência doméstica e estão em situação de pós-abrigamento na cidade de Natal-RN. Foram realizadas duas entrevistas-narrativas com mulheres no período de pós-abrigamento, as quais foram transcritas e interpretadas a partir da fenomenologia heideggeriana. Heidegger entende homem e mundo como cooriginários, para ele estamos sempre em relação com os outros, pois somos ontologicamente ser-com, portanto ao olharmos para a construção do ideal de mulher das participantes desta pesquisa nos aproximamos de um contexto que exige dela uma adequação a um modelo idealizado de comportamento de esposa e mãe sempre submissa, inclusive em uma relação violenta. Esse controle do outro sob a vida das mulheres aparece dentro dos relacionamentos abusivos, mas também, dentro da assistência recebida pela mulher no período de abrigamento e continua no pós-abrigamento. A assistência recebida por essas mulheres está em consonância com o que Heidegger chama de Era da Técnica, na qual o homem se relaciona com o seu meio e os outros como reserva de recursos a ser explorado. Ao se depararem com uma assistência que ainda apresenta falhas ao tentar lhes garantir segurança e com a pressão do seu meio para que correspondam ao ideal de mulher, as participantes desta pesquisa relataram continuar se sentindo desalojados no período de pós-abrigamento.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA MARIA MONTE COELHO FROTA - UFC
Presidente - 347529 - ELZA MARIA DO SOCORRO DUTRA
Interno - 426721 - MARIA TERESA LISBOA NOBRE PEREIRA
Notícia cadastrada em: 05/07/2018 09:13
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