INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL EFEITO ANTIVIRAL E CICATRIZANTE E AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DE Scoparia dulcis L. (VASSOURINHA)
Scoparia dulcis, plantas medicinais, HSV-1.
A espécie Scoparia dulcis L. (Plantaginaceae), comumente chamada de vassourinha, é
utilizada na medicina popular como cicatrizante, anti-inflamatório e doenças
gastrointestinais. Os principais componentes já descritos na literatura para a espécie são
os titerpenoides. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o perfil
fitoquímico e o potencial biológico como antiviral do extrato das folhas de Scoparia.
dulcis L e a toxicidade.Foram preparados extratos hidroetanólicos nas seguintes
proporções de etanol: maceração 35% (MAC 35), maceração 70% (MAC 70), turbólise
35% (TUR 35) e turbólise 70% (TUR 70), que foram analisados por Cromatografia em
Camada Delgada e por Cromatografia Líquida acoplada a espectrômetro de massas. Foi
realizado o teste de viabilidade celular in vitro em células VERO pelo teste do MTT
expostas aos diferentes extratos. Na sequência foiavaliada a atividade antiviral e foi
realizado o ensaio antiviral pós-infecção com o vírus HSV-1 (cepa KOS) e um estudo in
silico para avaliar possíveis alvos de ação do ácido scopadúlcico.A toxicidade aguda foi
avaliada em modeloin vivo, por administração oral.Por meio da análise cromatográfica
foram identificados até o momento os flavonoides vicenina-2, vitexina, isovitexina e
luteolina nos extrato de S. dulcis. Ainda não foram caracterizados os triterpenos do
extrato. No ensaio de viabilidade celular pelo método do MTT, todos os extratos
apresentaram viabilidade celular acima de 80% nas concentrações abaixo de 125
μg/mL. Na concentração de 250 μg/mL o extrato TUR 35 apresentou citoxicidade
significativa com viabilidade celular de apenas 48%. Já os demais extratos apresentaram
viabilidade acima de 80%. Nas concentrações de 500 e 1000 μg/mL todos os extratos
tiveram viabilidade abaixo de 40%. Nos modelos antivirais analisado, o extrato TUR 70
se mostrou o mais eficiente, sendo considerado promissor para avaliações futuras. Por
fim, o estudo in silico mostrou uma possível interação do ácido scopadúlcico com a
sirtuina 2, que pode explicar em parte o efeito antiviral apresentado pelos extratos.