PLASMIDEOS COM POTENCIAL BIOTECNOLOGICO: AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE FISICO-QUIMICA E BIOLOGICA E FORMULAÇÃO À NANOPARTÍCULAS FUNCIONALIZADAS COM POLIETILENOIMINA
Plasmídeos; Vacinas de DNA; Estabilidade; Nucleases; Nanopartícula; Polietilenoimina.
Os plasmídeos (pDNAs) têm se destacado quanto a sua aplicação em biotecnologia, principalmente em vacinas de DNA e terapia gênica. pDNAs são moléculas de DNA dupla fita extracromossomal, que apresentam forma circular e exibem diferentes isoformas. A agência Food and Drug Administration recomenda que durante a utilização de pDNAs em protocolos de imunização, os mesmos devem estar pelo menos 80% na sua isoforma superenrolada, pois estudos conferem que a isoforma superenrolada tem um maior acesso ao interior das células. A isoforma superenrolada pode ser alterada por fatores químicos, físicos e biológicos. Tendo em vista a importância da estabilidade estrutural de pDNAs na sua função biológica, esse estudo objetiva avaliar a estabilidade de pDNAs utilizados em biotecnologia, e testar uma nanoformulação com nanopartículas funcionalizadas com polietilenoimina (PEI) com pDNAs associado, afim de promover um aumento na estabilidade e biodisponibilidade de pDNAs. Foi avaliado o efeito da temperatura de incubação, tamanho do plasmídeo e concentração de nucleases sob a conservação da isoforma superenrolada por meio do desenvolvimento de um protocolo de cinética de degradação. Também foi avaliado a estabilidade de pDNAs formulados com nanopartículas funcionalizadas com PEI frente a variáveis de tempo, concentração de nucleases e comparando com pDNAs formulados com nanopartículas não funcionalizadas. Nas temperaturas de 37°C e 42°C houve a maior degradação dos plasmídeos, bem como nas maiores concentrações de soro, apresentando isoformas superenrolada somente na diluição 1:64. O plasmídeo de menor tamanho, 3,0 kb, apresentou menor degradação em todos os testes. A preparação de nanopartículas funcionalizadas com PEI associado ao pDNA se mostrou uma alternativa promissora para proteger contra degradação enzimática, apresentando eficiência de associação com o plasmídeo de 100%. Porem requer mais estudos in vitro e in vivo para verificar fatores de segurança e taxa de transferência gênica.