Kalanchoe brasiliensis CAMBESS E Kalanchoe pinnata (LAMARCK) PERSOON: ESTUDO METABOLÔMICO E AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTIOFÍDICO DE EXTRATOS OBTIDOS SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DE CULTIVO
Kalanchoe; Metabolômica; marcadores químicos; RMN.
As espécies Kalanchoe brasiliensis Cambess e Kalanchoe pinnata (Lamarck) Persoon (Crassulaceae), conhecidas popularmente como saião ou coirama, são utilizadas no Brasil, especialmente na região Nordeste, e seu uso destaca-se no tratamento de problemas inflamatórios. Na literatura são encontrados relatos sobre a constituição química dessas espécies, na qual destaca-se a presença de flavonoides glicosilados derivados da patuletina, canferol e quercetina, no entanto, ainda não se sabe quais são os compostos ativos. Somado a isso, carecem de estudos de controle de qualidade que contribuam na autenticação e diferenciação de K. brasiliensis e K. pinnata, especialmente por Cromatografia Líquida de Alta ou Ultra Eficiência (CLAE ou CLUE) ou Ressonância Magnética Nuclear (RMN). Tendo em vista que a espécie K. pinnata faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do SUS, faz-se necessário aprofundar os estudos com a espécie para garantir a segurança, eficácia e qualidade de um possível medicamento fitoterápico que possa ser desenvolvido e distribuído pelo SUS. Dentro deste contexto, a proposta tem como objetivo realizar uma abordagem metabolômica e farmacológica das espécies K. brasiliensis e K. pinnata. Para atingir esse objetivo, a metodologia do estudo foi dividida nas seguintes partes: i: isolamento e caracterização dos marcadores químicos do extrato das folhas das espécies; ii: quantificação dos marcadores químicos de ambas espécies; iii: abordagem metabolômica dos extratos de em resposta ao estresse induzido por luz UV, hídrico e salino; iv: ensaios não-clínicos in vitro e in vivo para avaliar os efeitos inibitórios locais dos extratos e compostos isolados frente ao envenenamento causado por B. jararaca. Até o momento foi realizada toda a parte i, obtidos os flavonoides majoritários K. pinnata e K. brasiliensis e a maioria deles já caracterizados. Além disso a parte da ii foi iniciada e realizado os estudos de estresse hídrico e salino para K. pinnata, que a partir de resultados preliminares já mostrou diferenças entre os grupos tratados e controle. Adicionalmente, foi desenvolvida e validada uma metodologia por RMN de para quantificar os metabólitos dos extratos.