Dinâmica geomorfológica e suscetibilidade erosiva na bacia do rio barra nova, região do seridó, nordeste do brasil
Erosão; Suscetibilidade; Relevo; Uso da terra; Perda de solo.
A erosão dos solos, pela ação hídrica, constitui-se hoje em um problema ambiental que afeta diferentes regiões em todo o globo. O uso desordenado da terra em bacias hidrográficas pode potencializá-lo, desencadeando diversos problemas; a exemplo: deslizamentos, desmoronamentos, assoreamento de reservatórios, entre outros. Assim, é importante realizar análises das implicações das alterações do uso da terra na produção de sedimentos e perdas de solo em bacias hidrográficas. A presente pesquisa objetiva analisar as relações entre o uso da terra e a dinâmica geomorfológica, na bacia do rio Barra Nova através de três mecanismos: mapeamento do uso da terra na bacia do rio Barra Nova, a fim de compreender as atividades que se desenvolvem nessa área e sua influência sobre a dinâmica geomorfológica; analisar a dinâmica geomorfológica da região a partir da identificação dos diferentes compartimentos do relevo em seus diferentes níveis taxonômicos; e inferir o atual estágio de perdas de solo da bacia do rio Barra Nova, a fim de elucidar o nível de suscetibilidade à erosão em toda a bacia. Para tanto serão utilizadas imagens de sensores orbitais para mapeamento do uso da terra e identificação de aspectos geomorfológicos da bacia, além de dados de precipitação, solo e relevo. Para a estimativa de perdas de solo será utilizada a Equação Universal de Perdas de Solo (USLE). Até o presente momento foi realizado o mapeamento do uso da terra com a identificação de 11 classes de uso que foram verificadas em campo, em que a classe Pastagem para Animais é a que apresenta um maior predomínio, com 53,15% de área, seguida das classes Caatinga Degradada, Cultivo Temporário Diversificado, Caatinga Arbustiva, Reservatórios Artificiais, Cidades, Uso não Identificado, Caatinga Arbórea, Vilas, Extração de Minerais não Metálicos e Outras áreas Urbanizadas. A classe Outras áreas Urbanizadas, por sua vez, apresenta a menor área de ocupação, com apenas 0,001%. Também já foi iniciada a identificação das subunidades morfoesculturais até o 4º táxon da metodologia proposta por Ross (1992), assim como a coleta de dados para a estimativa de perdas de solo a partir da USLE.