PPGMUS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA ESCOLA DE MÚSICA Téléphone/Extension: (84) 99474-6734 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgmus

Banca de DEFESA: EDUARDO CABRERA NALI

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDUARDO CABRERA NALI
DATA : 06/07/2023
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

Variações sobre o Tresillo: Subdivisões aplicada à bateria por meio de Superimposição Rítmica e Modulação Temporal


PALAVRAS-CHAVES:

Tresillo; superimposição rítmica; clave; timeline; modulação métrica


PÁGINAS: 152
RESUMO:

Com inspiração nas modulações rítmicas que ocorrem nas músicas de Vijay Iyer e Tigran Hamasyam, foi elaborado um procedimento para análise e aplicação da modulação associada à alteração das subdivisões das notas de uma clave, principalmente por meio da superimposição rítmica. Esse procedimento foi chamado de Modulação pela Alteração das Subdivisões da Clave (MASC). O objetivo principal desta pesquisa é aplicar a MASC ao tresillo (clave de presença marcante tanto na música africana quanto na americana) no contexto do baião, a fim de se obter e analisar variações rítmicas alternativas às conhecidas tradicionalmente. A metodologia está pautada na revisão bibliográfica sobre a temática, com ênfase na abordagem de conceitos pouco utilizados na concepção musical ocidental, como aqueles utilizados na análise de ritmos africanos. Juntamente com o aprofundamento nos estudos sobre superimposição rítmica, modulação temporal e transformação análoga, esse conjunto de conceitos serviu como base para a elaboração da MASC. A partir dela, foram então analisadas as músicas “Mystic Brew”, “Pt1 Collapse” e “Pt2 Alternative Universe”. Em seguida, com o intuito de aplicar a MASC ao tresillo no contexto do baião, foram feitas duas gravações: “O Ovo”, de Hermeto Pascoal, e “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga. A análise dessas músicas mostrou que a aplicação da MASC, ainda que baseada na ideia de quiálteras a fim de facilitar sua execução, gera resultados que se aproximam mais de uma polirritmia. Em tese, a subdivisão das notas da clave em quiálteras deve apresentar diferenças na duração das subdivisões (melhor discutido no capítulo 4). Por outro lado, a polirritmia deve gerar diferenças na sincronização com as notas da clave. Com o intuito de descobrir se essas diferenças estão dentro do limite da percepção humana, ou seja, entre 50 e 100 ms (London, 2004), é proposto um modelo matemático que mostra os valores teóricos dos intervalos de tempo nas modulações aplicadas ao tresillo, tanto pelas quiálteras quanto pela polirritmia. Finalmente, foram comparadas as diferenças entre os valores medidos na execução das modulações e os calculados com os modelos teóricos. Os resultados mostram que as diferenças de duração nas quiálteras aplicadas sobre as notas da clave, medidas no andamento 180 bpm para a modulação 2+2+1 e 90 bpm para as modulações 4+4+3 e 5+5+4, estão abaixo do limite da percepção humana. Também foi confirmado que a aplicação da MASC sobre o tresillo resulta em subdivisões com diferenças menores em relação ao modelo da polirritmia do que em relação ao modelo das quiálteras.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CESAR TRALDI
Presidente - 1731258 - CLEBER DA SILVEIRA CAMPOS
Externo à Instituição - JONATAS MANZOLLI - UNICAMP
Notícia cadastrada em: 19/06/2023 11:05
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa10-producao.info.ufrn.br.sigaa10-producao