Banca de DEFESA: ANA ANGELICA REGO DE QUEIROZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA ANGELICA REGO DE QUEIROZ
DATA: 14/12/2012
HORA: 09:00
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO:

O CONHECIMENTO SOBRE TUBERCULOSE E AS ATITUDES DAS FAMÍLIAS DE PACIENTES EM TRATAMENTO DA DOENÇA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM NATAL/RN.


PALAVRAS-CHAVES:

Conhecimento, Atitudes, Tuberculose, Percepções, Atenção Primária à Saúde.


PÁGINAS: 89
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

O Brasil vive no século XXI uma situação de saúde paradoxal, em que apesar de sua projeção econômica no cenário internacional, ainda remanescem doenças emblemáticas da pobreza, como a Tuberculose, o que atesta a hipótese de que nem sempre o desenvolvimento econômico anda pari-passu ao desenvolvimento social. A dimensão social ganha expressão importante quando se intenta investigar os desafios neste século para a redução da TB. Nesse sentido, a família vem sendo cada vez mais valorizada para a consecução deste objetivo, pelas suas responsabilidades e funções dentro de um sistema de proteção social. Desse modo, na presente investigação buscou-se analisar o conhecimento sobre TB e as atitudes das famílias de pacientes em tratamento da doença na Atenção Primária à Saúde em Natal/RN. Para tal, empreendeu-se um estudo de corte transversal, através da aplicação de questionário junto às famílias de pacientes diagnosticados de TB e em seguimento pela APS de Natal. O instrumento foi validado em uma população similar a do estudo. Os sujeitos da pesquisa foram recrutados de forma não probabilística, por conveniência, contemplando uma amostra de 50 familiares. Dentre os critérios utilizados para a inclusão dos sujeitos, foram considerados: idade acima de 18 anos, residir com o doente de TB e em Natal e disponibilidade de participação da pesquisa. A coleta de dados foi realizada pela pesquisadora e uma assistente. Procedeu-se a dupla digitação independente dos dados. Na etapa analítica, inicialmente foi conduzida a fase exploratória e univariada dos dados, com descrição das medidas de posição (média, mediana, moda) e dispersão (intervalo de confiança e desvio-padrão). Na análise bivariada, os autores efetuaram o cruzamento das variáveis dependentes e dicotômicas − conhecimento (0-Sim; 1-Não) e mudanças atitudes (0-Não; 1-Sim), com cada uma das variáveis independentes, por meio de tabelas de contingência, sendo aplicado o teste qui-quadrado e, quando necessário, o teste exato de Fisher. Nas tabelas 2x2, computou-se o odds ratio (OR) com respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%). Da amostra selecionada, 43 (86%) sujeitos eram do sexo feminino, com idade média e mediana respectivamente de 46,64 e 46,50 anos; 25 (50%) possuíam o ensino fundamental. O conhecimento expresso pelos familiares sobre a TB foi considerado satisfatório. Entretanto, a falta de interesse dos familiares (54%) em procurar informações sobre a tuberculose; a forma incorreta da resposta em relação ao microrganismo causador da doença (64%); a indicação de água (62%) e alimentos contaminados (54%) como meios de disseminação da TB foi uma fragilidade identificada na investigação. Em relação ao tempo de transmissão da doença, 90% dos entrevistados indicaram não saber ou responderam errado. Das variáveis independentes investigadas, apenas duas apresentaram associação com o não conhecimento de TB, sendo elas não possuir religião (OR: 0,146; IC95% : 0,027-0,800) e renda abaixo de 1,7 salários mínimos (OR : 0,155; IC95%: 0,029-0,813), parecendo elas exercerem um efeito protetor sobre este desfecho. Quanto às mudanças de atitude, a maioria das variáveis consideradas não teve associação com significância estatística, exceto o não acesso à internet (OR: 0,212; IC95%:0,048-0,935). A maioria das atitudes foi positiva em relação ao doente de TB. Os resultados demonstram fragilidades na atenção à TB, que tem assumido um caráter mais assistencialista e individual. Os dados não somente expressam os resultados sanitários produzidos pelos serviços de saúde, mas a conjuntura política e social das famílias que são acometidas pela TB.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALINE APARECIDA MONROE - USP
Interno - 347971 - BERTHA CRUZ ENDERS
Interno - 347635 - REJANE MARIA PAIVA DE MENEZES
Presidente - 216.262.118-50 - RICARDO ALEXANDRE ARCENCIO - USP
Notícia cadastrada em: 04/12/2012 14:56
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