Banca de QUALIFICAÇÃO: JANK LANDY SIMÔA ALMEIDA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JANK LANDY SIMÔA ALMEIDA
DATA : 16/07/2018
HORA: 09:30
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO:

Gênero, Violência e Enfermagem: Perspectiva Simbólica sobre a Agressão no Ambiente Hospitalar


PALAVRAS-CHAVES:

Violência; Gênero; Enfermagem, Hospitais.


PÁGINAS: 123
RESUMO:

A violência de gênero é um problema de grande magnitude e de consequências devastadoras na vida e na saúde da população em geral. Este fenômeno acomete a sociedade em todos os seus segmentos, inclusive no ambiente hospitalar, acarretando danos na vida e na saúde dos profissionais, gerando também desconforto laboral e diminuição no rendimento pessoal durante a jornada de trabalho. Entre suas consequências, estão os riscos na execução de atribuições profissionais, que contribuem para a diminuição dos serviços de qualidade prestados. A enfermagem caracteriza-se como profissão majoritariamente formada por mulheres e mais vulnerável a sofrer violência de gênero pela condição de mulher. Este estudo tem o objetivo de analisar a violência de gênero contra profissionais da equipe de enfermagem no âmbito hospitalar em um município do nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa realizado em duas instituições hospitalares pública e privada em um município da região nordeste do Brasil. A sua população constituiu-se de enfermeiras, técnicas e auxiliares de enfermagem. Os dados foram coletados durante os meses de maio e junho de 2018, por meio da aplicação de um questionário, previamente modificado por aplicação de um pré-teste, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba. Os dados foram processados pelo programa de informática Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 15.0, e os seus resultados apresentados em cálculos de frequências absolutas e relativas das variáveis pesquisadas. Fez-se uso do Teste Qui-Quadrado para avaliar a relação entre as variáveis. O total de entrevistadas foi de 166 profissionais da equipe de enfermagem, entre enfermeiras, técnicas e auxiliares. A maioria, técnicas ou auxiliares (68,07%), com idade até 35 anos (56,02%); a raça parda (59,64%), estado civil casada ou união estável (59,64%), com filhos (68,07 %). A maior parte são católicos (57,23%), refeririam ter especialização (51,20%) e renda entre R$ 2.000,00 e R$ 3.000,00 (50,60%). Quanto a  violência sofrida, a maioria, confirmou ter sofrido algum tipo de violência (93,98%), sendo o local mais citado, o ambiente hospitalar (82,69%). Quanto ao tipo de violência, maior percentual referiu ser a psicológica (87,18%), sendo vitimadas no passado por mais de 5 vezes (39,74%), tendo como meio de agressão as palavras (94,87%). Quanto aos agressores, a maioria identificou os usuários dos serviços de saúde (87,18%). Em relação à resposta da vítima após o ato violento, maior proporção (49,36%) respondeu que denunciou a ocorrência a um (uma) colega de trabalho; todavia percebe-se que 44,87% deste mesmo total, ignorou o ocorrido. No tocante a saúde física 82,05% das mulheres teve repercussão do ato violento sob a forma de sinais e/ou sintomas em seu corpo; dentre estes 84,38% identificou a cefaleia como o principal sintoma físico após a agressão. Sobre a saúde psicológica das profissionais afirma-se que 94,23% destas afirmaram ter vivenciado alguma repercussão negativa; dentes estas o estresse foi o mais denotado (65,31%). No referente aos motivos que levaram à violência, o mais citado foi a demora no atendimento por grande de demanda de usuários (55,13%). A maioria afirmou que houve repercussão física da violência na rotina de trabalho (82,05%) e dentre os sintomas físicos apresentados, a cefaleia foi o mais respondido (84,38%). Concernente a repercussão mental, a maioria também apresentou resposta afirmativa (94,23%), sendo o estresse (65,31%) o sintoma mais referido. Além disso, a maior parte das profissionais (85,90%) afirmou que a violência repercutiu na rotina de trabalho. No que se refere à comparação das características da violência sofrida e suas repercussões com o perfil das profissionais de enfermagem, observou-se evidências de diferença estatística entre o número de vezes que foi vítima de violência no ambiente do trabalho com a raça do entrevistado (p = 0,035). A relação entre a repercussão física na rotina de trabalho também apresentou resultado estatisticamente significativo com a renda salarial da entrevistada (p = 0,043). Já a repercussão da violência na rotina de trabalho apresentou evidências de diferença estatística com o cargo exercido (p = 0,002) e a renda salarial da entrevistada (p = 0,030).


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 050.398.894-45 - ANA ANGÉLICA RÊGO DE QUEIROZ - UFRN
Externo à Instituição - FRANCISCO DE SALES CLEMENTINO - UFCG
Presidente - 347635 - REJANE MARIA PAIVA DE MENEZES
Notícia cadastrada em: 06/07/2018 09:41
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