Avaliação da saúde bucal autopercebida e clínica e das disfunções temporomandibulares de idosos institucionalizados e residentes nas comunidades urbanas e rurais do interior da paraíba
Palavras-chave: Assistência à idosos. Qualidade de vida. Saúde bucal. Odontologia geriátrica. Saúde pública.
Objetivo: Avaliar a autopercepção de saúde bucal nas dimensões físicas, psicossociais e dor/desconforto atreladas às condições clínicas e dores orofaciais de idosos institucionalizados, residentes na zona urbana e zona rural no interior da Paraíba. Método: Estudo observacional, transversal, abordagem quantitativa, base populacional e amostragem não probabilística por conveniência entre 81 idosos: 27 residentes em instituição de longa permanência e os demais pareados por sexo e idade entre zona urbana (n=27) e rural (n=27). Utilizou-se o GOHAI (Geriatric Oral Health Assessment Index) para avaliação da autopercepção da saúde bucal na qualidade de vida, o QST/DTM (Questionnaire For Screening Of Patients With Temporomandibular Disorders) para as influências das dores orofaciais e os índices de biofilme em dente proposto por Silness e Loe e em próteses por Ambjornesen. Resultados: Predominância do sexo feminino (74,1%), sendo 77,8% destes nascidos na cidade de Cuité-PB e maior frequência (32,1%) de idade apontando para a faixa etária de 60-65 anos. A frequência do GOHAI relacionada a alta percepção obteve maior frequência entre a zona urbana (77,8%) e menor frequência (66,7) na zona rural, com p-valor 0,004, mostrando diferença estatística entre os locais de moradia. No QST/DTM, todas as frequências apontaram a maioria dos indivíduos como não portadores, porém com uma relação estatística ligada ao sexo (p=0,007) e a renda (p=0,002). As maiores frequências para a análise do biofilme se relacionaram com a presença deste em dentes ou prótese, com maior frequência ligada aos moradores da zona rural, 84,6%. Conclusão: Houve diferença entre as amostras relacionadas a autopercepção e o local de moradia, mostrando os idosos com ótima saúde oral relatada, não consistente com a condição clínica encontrada, mostrando a secundarização dos problemas de saúde bucal.