Banca de QUALIFICAÇÃO: SANDRA AZEVEDO QUEIROZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SANDRA AZEVEDO QUEIROZ
DATA : 23/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Sessão pública realizada por meio de vídeo conferência
TÍTULO:

ASSOCIAÇÃO ENTRE ÂNGULO DE FASE PADRONIZADO E MORTALIDADE EM 12 MESES DE PACIENTES ACOMETIDOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UM ESTUDO DE COORTE


PALAVRAS-CHAVES:

Doença arterial coronariana, Bioimpedância, Eventos adversos, Readmissão hospitalar, Hospitalização.


PÁGINAS: 45
RESUMO:

As doenças cardiovasculares (DCVs) se destacam como a principal causa de morte no mundo, e incluem as doenças coronarianas. Dentre as doenças coronarianas, o infarto agudo do miocárdio (IAM) é definido como necrose miocárdica em uma condição clínica consistente com isquemia miocárdica. Ele é em evento cardíaco agudo, com impacto sobre o estado de saúde, e seus fatores de risco geralmente são uma combinação de uso de tabaco, dietas inadequadas, obesidade e sedentarismo, além de comorbidades pré-existentes. Estes fatores de risco podem comprometer a integridade celular, impactando sobre componentes fisiológicos e nutricionais. Nessa abordagem, o ângulo de fase (AF), medido através da bioimpedância elétrica (BIA), identifica a qualidade da membrana celular e a distribuição de fluidos corporais. Existem evidências prévias de que esse biomarcador possui alto poder preditivo de desfecho clínico negativo, como mortalidade e readmissão hospitalar, em diversas situações clínicas. No entanto, ainda não foi avaliada a associação do AF com eventos adversos em pacientes que foram recentemente acometidos por IAM. Assim, este trabalho tem como objetivo verificar se o AF é preditor de mortalidade e eventos clínicos adversos em 12 meses de pacientes que foram acometidos por IAM recente. Foi realizado um estudo de coorte prospectivo com seguimento de 12 meses. Foram incluídos pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos, que internaram no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) com diagnóstico de IAM. Os pacientes foram avaliados durante a internação hospitalar, e foram coletados dados demográficos, clínicos e nutricionais. Massa corporal, estatura e circunferência da panturrilha foram medidas pela técnica antropométrica. A força do aperto de mão foi medida com um dinamômetro manual. O AF foi calculado através das medidas de resistência (R) e reactância (Xc) da bioimpedância, e foi ajustado com base no sexo e idade, apresentando o AF Padronizado (AFP). Todos os pacientes foram seguidos por um período de 12 meses, e a ocorrência dos eventos adversos (mortalidade, readmissão hospitalar, novo IAM) foram observados. A amostra foi composta por 153 pacientes, com idade média de 61,2 ± 12,6 anos, sendo 57,5% idosos. Pacientes que apresentaram o ângulo de fase padronizado abaixo do percentil 10 tiveram um menor tempo para a ocorrência de morte (p = 0,024) e dos desfechos de forma combinada (p= 0,004). Na análise de regressão logística binária, quando ajustada por fatores de confusão, o baixo AFP não foi associado com os eventos adversos. Em conclusão, constamos que o baixo AFP foi associado com  o risco de morte e ocorrência de eventos adversos em pacientes que foram acometidos por IAM. No entanto, quando ajustado para fatores de confusão, este risco não é mantido.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ALINE MARCADENTI DE OLIVEIRA - UFCSPA
Presidente - 1879430 - ANA PAULA TRUSSARDI FAYH
Externa à Instituição - FLÁVIA MORAES SILVA
Notícia cadastrada em: 10/08/2021 09:28
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